Em uma breve e agilizada sessão extraordinária realizada nesta sexta-feira (5), o Plenário da Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em segunda e última votação, o projeto de lei que estabelece ajuda de custo e promove revisão geral da remuneração para os músicos da Orquestra Sinfônica de Goiânia (OSGO). A sessão foi destinada somente para deliberar sobre a matéria, articulada pelo presidente da Câmara, vereador Romário Policarpo (PRD).
Após a votação e aprovação, membros da Orquestra Sinfônica que estavam presentes celebraram a conquista. O presidente Policarpo e agradeceu a presença dos vereadores que se prontificaram a comparecer durante o recesso da Câmara. A previsão é de que a lei seja sancionada ainda hoje, antes do recesso do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos).
Crise na Orquestra
Com 75 músicos e 40 cantores, os profissionais da OSGO estão sem reajuste salarial desde 2011 e classificam o cenário em que se encontram como “a maior crise institucional desde sua criação”, em 1993. Atualmente os músicos recebem cerca de R$ 2.200, enquanto os cantores ganham em torno de R$ 1.600. Como alternativa, o projeto promove o reajuste da data-base de 2023, fixado em 4,18%.
Além do reajuste, a proposta que consta no projeto de lei é estabelece também uma ajuda de custo mensal no valor de R$ 1.800, de natureza indenizatória, que será concedida aos músicos da OSGO para o pagamento de despesas relacionadas à manutenção de instrumentos musicais, locomoção e vestuário.
“A proposta surgiu durante reunião com o Sindigoiânia (Sindicato dos Trabalhadores do Município de Goiânia), quando definimos a criação da ajuda de custo, para que esses profissionais já pudessem ter, pelo menos, a manutenção dos seus instrumentos. Fico feliz e adianto que este é apenas o começo das mudanças que a OSGO virá a ter”, afirma Policarpo.
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