Depois que Biden visitou a Ucrânia no último final de semana e afirmou que a Rússia nunca vencerá aquele país, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira (21) que continuará a guerra e que é Ucrânia que nunca vencerá a Rússia. Além disso, o chefe russo fez a maior ameaça nuclear desde o início do conflito, que completa um ano na próxima semana.
A ameaça nuclear aconteceram em um raro discurso presencial, feito em momentos estratégicos ao longo da guerra. Na ocasião, Putin reafirmou que a guerra continuará, que a Rússia, tem “todos os recursos” para seguir lutando, que é “impossível” vencer a Rússia no campo de batalha e, por fim, anunciou a suspensão da participação russa no último tratado de controle de armas nucleares feito com os Estados Unidos, alertando Washington de que o país pode ter colocado novas armas nucleares estratégicas à disposição para combate.
Situação é grave, já que o uso de armas nucleares podem afetar não só os países envolvidos, como inúmeras nações ou, até mesmo, o mundo inteiro. Seja atingindo fisicamente outros países do planeta ou não, uso de armas nucleares podem resultar em crises – financeiras, culturais, de saúde e outras – nunca antes vistas.
Ainda durante o discurso de Putin, que durou quase duas horas, e que ocorreu em um auditório formado por ministros, membros do Parlamento russo e das Forças Armadas do país, ele afirmou que gostaria de resolver o conflito com a Ucrânia pacificamente, mas países ocidentais armaram outro cenário às costas da Rússia.
“Nós fizemos tudo possível, genuinamente tudo possível, para resolver esse problema (na Ucrânia) de maneira pacífica. Fomos pacientes, estávamos negociando pacificamente para sair deste difícil conflito, mas um cenário completamente diferente estaca sendo preparado por trás de nossas costas”, disse o presidente russo.
Vale reforçar que o discurso de Putin acontece um dia depois de uma visita inédita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Kiev, na Ucrânia e é visto como uma resposta a isso. Na ocasião, Biden andou pelas ruas da capital ucraniana com o Zelensky e, ao lado do líder ucraniano, anunciou mais uma ajuda financeira dos EUA à Ucrânia.
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