Em São Paulo neste domingo (23), o presidente Michel Temer recebeu a visita de Paulo Skaf, presidente da Fiesp, que voltou a instalar o pato amarelo gigante na sede da entidade na avenida Paulista, em protesto contra a elevação das alíquotas de PIS/Cofins sobre combustíveis, anunciada na semana passada.
Skaf é um dos principais aliados de Temer e nome do PMDB para a disputa do governo de São Paulo, mas não escondeu sua irritação com o anúncio da medida. Após o anúncio do governo na quinta-feira (20), a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) resgatou o pato, símbolo da campanha contra a recriação da CPMF em 2015 e nos protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
“Não cansaremos de repetir: Chega de Pagar o Pato. Diga não ao aumento de impostos! Ontem, hoje e sempre”, disse a nota divulgada pela entidade.
A federação argumenta que o aumento do tributo vai recair sobre uma sociedade “já sufocada, com 14 milhões de desempregados, falta de crédito e sem condições gerais de consumo”, o que vai levar a um agravamento da crise econômica.
“Todos sabem que o caminho correto é cortar gastos, aumentar a eficiência e reduzir o desperdício”, dizia o texto assinado pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
A medida foi adotada para aumentar a arrecadação de impostos, que continua fraca em razão do nível baixo de atividade econômica.
Também estiveram neste domingo na residência do presidente, no alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, o economista Delfim Netto, que é amigo pessoal de Temer, e o ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
(FOLHA PRESS)
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