22 de dezembro de 2024
Violência

Após onda de assaltos no Rio de Janeiro, grupo “justiceiro” promove linchamentos; vídeos

Armados com tacos de beisebol, soco-inglês e sob escolta de homens armados, homens estão "caçando" assaltantes e menores infratores
São vários os vídeos que circulam nas redes sociais. Vão desde criminosos agindo, a linchamento e chamamento para "patrulha" contra o crime. (Imagens: reprodução/X)
São vários os vídeos que circulam nas redes sociais. Vão desde criminosos agindo, a linchamento e chamamento para "patrulha" contra o crime. (Imagens: reprodução/X)

Um grupo de homens em Copacabana, no Rio de Janeiro, apareceu em vídeos que viralizaram nas redes sociais nos últimos dias, depois de afirmarem que fariam justiça com as próprias mãos. Armados com tacos de beisebol, soco-inglês e sob escolta de homens armados, essas pessoas são chamadas e se autodenominam de “justiceiros” por “caçar” assaltantes e menores infratores na zona sul do RJ. Confira alguns dos vídeos que circulam pela internet.

Ao que tudo indica, a ação começou no último final de semana quando um idoso de 67 anos, identificado como Marcelo Bechimol, teria sido espancado após tentar socorrer uma mulher cercada por assaltantes. O idoso caiu desmaiado e violência teria sido o estopim que motivou o grupo a se organizar em um movimento de patrulha nas ruas para confrontar supostos ladrões.

Houve, até mesmo, rondas e um chamamento para encontro marcado na sexta-feira (8). A intenção seria de conseguir mais pessoas para o “patrulhamento” nas ruas, agindo de forma a enfrentar os criminosos e enviar uma mensagem de que a comunidade não aceitará mais a violência impune.

Vale lembrar que não é a primeira vez que isso acontece. Entre 2014 e 2015, onda de arrastões no Rio de Janeiro já haviam motivado grupos parecidos a tomarem medidas particulares para “combater o crime”. Não há informações sobre se tratar das mesmas pessoas, mas vale lembrar que “fazer justiça com as próprias mãos” constitui crime, pois cabe ao Estado e o Poder Legislativo, e não às pessoas, o poder-dever de punir. Mesmo que, por vezes, haja falha no sistema.


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