O ex-juiz e senador Sergio Moro (UB-PR), também deve entrar na mira da Justiça Eleitoral após a cassação de mandato do agora ex-deputado federal Deltan Dallagnol. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), um processo movido pelo PL contra Moro, por uma suposta prática de Caixa 2. A acusação diz respeito ao período em que o ex-juiz ainda era presidenciável, quando mudou do Podemos para o União Brasil.
Vale lembrar que durante a Operação Lava Jato, que levou à prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ambos atuaram juntos. Na ocasião, Moro era juiz e Deltan, procurador.
Segundo informações de interlocutores, na semana passada, Moro estava preocupado com o processo contra Dallagnol. Informações que em meio a tensão, o ex-juiz procurou apoio da família Bolsonaro para evitar “o pior”, como a perda de mandato do colega.
Ainda segundo informações de interlocutores, Moro afirmou em conversas, que depois de cassar Dallagnol, ele seria o próximo. “Eles vêm para cima de mim”.
PL pede cassação de Moro
O PL pede a cassação do ex-juiz Sergio Moroalegando que seus gastos no Podemos, partido pelo qual planejava disputar a presidência, resultaram em benefícios eleitorais.
Esse valor ultrapassaria o teto da campanha de sua candidatura para o Senado, que era de aproximadamente R$ 4,4 milhões.
A pré-campanha de Moro teria custado cerca de 2 milhões de reais para o Podemos. Essas despesas, por ainda acontecerem na pré-campanha, não foram incluídas na prestação de contas.
Ainda nesta terça-feira (16), Moro usou suas redes sociais para lamentar a cassação de Deltan Dallagnol. “Estou estarrecido por ver fora do parlamento uma voz honesta na política que sempre esteve na busca de melhorias para o povo brasileiro”.
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