A divulgação de dados dos Estados Unidos e da China e o anúncio do envio da reforma administrativa ao Congresso fizeram o mercado financeiro ter um dia de otimismo. O dólar comercial encerrou esta terça-feira (1º) vendido a R$ 5,385, com recuo de R$ 0,096 (-1,75%). A cotação está no menor nível desde 13 de agosto, quando a divisa havia fechado em R$ 5,367.
No mercado de ações, o dia foi de recuperação das últimas sessões. O índice Ibovespa, da B3 (a bolsa de valores brasileira), subiu 2,82% e fechou aos 102.168 pontos. Ontem (31), o indicador tinha fechado abaixo dos 100 mil pontos.
Mesmo a queda de 9,7% no Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) no segundo trimestre não desanimou o mercado. O dólar abriu em queda; e a bolsa, em alta depois da declaração do presidente Jair Bolsonaro de que pretende enviar a proposta de reforma administrativa ao Congresso na quinta-feira (3).
O anúncio da prorrogação do auxílio emergencial com a metade do valor também contribuiu para o otimismo nas negociações. A retomada da agenda de reformas que reduzam os gastos obrigatórios nos próximos anos é considerada pelo mercado financeiro como caminho para que os juros de longo prazo caiam. As taxas longas funcionam como um indicador do mercado do grau de desconfiança em relação ao país.
O mercado financeiro global também teve um dia de otimismo. Durante a madrugada, notícias sobre o crescimento da produção industrial chinesa animou os investidores. O clima positivo aumentou com a divulgação de crescimento da atividade manufatureira nos Estados Unidos. Índices de Wall Street, como o Nasdaq (das empresas de tecnologia) e o S&P 500 voltaram a bater recorde.