23 de dezembro de 2024
Cidades • atualizado em 12/02/2020 às 23:52

Aplicadas multas mais pesadas contra focos da dengue

A Prefeitura de Goiânia deu início ontem (28) a cobrança de multas a locais que favorecem a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, vetor da Dengue, Chikungunya, Febre Amarela e Zika vírus.

Em entrevista à Rádio Vinha FM, o com diretor de vigilância de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Gildo de Paula, informou que a ação da Prefeitura, denominada Arrastão contra o Aedes aegypti, que teve início nesta segunda-feira (28), tem como participantes 13 fiscais do Centro de Zoonoses, além dos agentes de endemias.

Já no primeiro dia da ação, na Região Sul da capital, foram 9 multados e outras 12 intimações, ou seja, quando a Prefeitura oferece um prazo de 3 a 5 dias, para que o proprietário do imóvel elimine os focos do mosquito.

Segundo Gildo de Paula, após a aprovação da lei que intensifica o combate ao mosquito, os valores das multas estão mais caros. Para residências o valor mínimo é de R$ 1,6 mil, para comércio R$ 2,2 mil, para órgãos públicos e terrenos privados R$ 4,4 mil, para grandes obras R$ 16 mil e para quem impedir o acesso dos agentes ao imóvel cerca de R$ 4 mil. De acordo com ele, após a aplicação da multa, os imóveis serão revisitados em 15 dias, caso haja reincidência, a multa terá o valor dobrado podendo gerar até a interdição do local. Não cabe recursos.

Gildo de Paula ressaltou a grande incidência de criadouros do mosquito nos condomínios fechados horizontais de alto padrão de Goiânia e afirmou que o porcentual é preocupante. Segundo ele, o nível de infestação aceitável é de 1%, no entanto, de acordo com um relatório apresentado no último mês de novembro, os condomínios fechados apresentaram 20% de infestação.

O diretor de vigilância do Centro de Zoonoses reiterou que a limpeza de calhas é de propriedade dos proprietários dos imóveis e não da Prefeitura, portanto, caso elas tenham focos do mosquito, poderão ser multadas.

Gildo de Paula ainda declarou que a Prefeitura não quer multar os cidadãos, e sim, que eles fiscalizem e cuidem de suas próprias residência evitando a proliferação do mosquito.

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