A estabilidade com viés de baixa nas internações por Covid-19 em vários hospitais da rede estadual e também em leitos municipais nas principais cidades, como mostrado pelo Diário de Goiás, ainda não permite que a população relaxe nas medidas de prevenção ao contágio pelo coronavírus Sars-CoV-2, alertou nesta terça-feira (8) a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), Flúvia Amorim.
À Rádio Bandeirantes Goiânia, ela destacou que o sistema de saúde só não entrou em colapso em Goiás devido à expansão da rede de atendimento. A superintendente diz que, apesar do início de uma tendência de baixa, a taxa de ocupação de UTIs, hoje em 82%, ainda é elevada.
“Foram 470 leitos criados, que não existiam. Quando olho o público estadual, a gente vê que se não fosse a ampliação, já teríamos colapsado o sistema de saúde. Mas isso tem um limite. Hoje a gente vê uma taxa um pouco mais tranquila. No geral, nossa taxa não é baixa. Já esteve maior, mas não é baixa”, ressalta. “Qualquer movimento que altere essa cadeia de transmissão pode fazer com que ela se torne alta novamente”, alerta.
Feriado preocupa
A alta movimentação em cidades turísticas, como Aruanã, Pirenópolis e Caldas Novas, no feriado prolongado preocupa a SES-GO. Segundo Amorim, o vírus pode voltar a circular com mais força em municípios onde a situação estava mais controlada.
“Essas pessoas não adoecerão na cidade turística, mas retornam para sua cidade de residência e vão adoecer lá. O impacto não é muito grande na cidade de origem, mas no município de residência da pessoa. É preocupante, pois posso pulverizar casos em municípios que já estavam com menor transmissão e ter novos ciclos da doença”, destaca.
O calendário de 2020 ainda prevê dois feriados prolongados como o da Independência, em 12 de outubro e 2 de novembro. Para evitar cenas de desrespeito às medidas de proteção, a pasta já pensa em estratégias.
“Quando a gente vê uma situação como no fim de semana, algumas medidas precisam ser tomadas. Temos que avaliar caso a caso. Medidas precisam ser revistas. Foi o primeiro feriado prolongado que tivemos pós-flexibilização. Precisamos discutir e achar a solução”, pontua.