09 de outubro de 2024
Preocupante • atualizado em 12/03/2022 às 10:55

Goiás tem 2,2 milhões de pessoas com dose de reforço atrasada

Superintendente da Secretaria de Saúde faz apelo para que pessoas reforcem a imunização. Dados mostram que as três doses garantem alta proteção
Superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim. (Foto: Escola Interamérica/Reprodução)
Superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim. (Foto: Escola Interamérica/Reprodução)

O estado de Goiás tem 2,2 milhões de pessoas com a dose de reforço da vacina contra a covid-19 atrasada. O número preocupa a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), uma vez que representa 31% da população goiana.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, aponta que, com o reforço, os indicadores da pandemia no estado estariam muito mais controlados. “O próprio painel mostra o quanto a dose de reforço protege contra infecção e contra óbitos. Essas pessoas estão se colocando em risco”, disse ao DG.

Apesar do número alto de pessoas que não procuraram a dose de reforço, a superintendente defende a flexibilização do uso de máscaras em locais abertos, como recomendado pela pasta na última quinta-feira (10).

“A liberação está sendo feita de forma gradativa, assim como todos os protocolos foram flexibilizados a partir do cenário epidemiológico apresentado. A gente entende, tecnicamente, depois de todas as análises, que é possível fazer essa flexibilização em locais abertos”, frisou.

Ela ressaltou, porém, que a recomendação é manter a obrigação em lugares fechados ou em locais abertos com aglomeração, como estádios, por exemplo. Algumas pessoas também devem ser mais cautelosas. “Para alguns casos, mesmo em locais abertos, seguimos recomendando o uso de máscara, como pessoas imunodeprimidas”, ponderou.

Flexibilização além do recomendado

As cidades de Caldas Novas e Rio Quente foram além da recomendação da SES-GO e ampliaram a liberação do uso da máscara também para lugares fechados. O equipamento agora só é obrigatório em hospitais e unidades de pronto atendimento. Em Goiânia, a prefeitura também vai desobrigar o uso em bares, restaurantes e estádios, contrariando a nota.

Amorim lembra que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu autonomia dos municípios para definirem as normas e, portanto, o estado nada pode fazer.

“Os municípios têm autonomia para avaliar suas medidas. O estado tem a responsabilidade e competência de emitir recomendações para orientar os municípios para as suas decisões. Mas cabe ao município avaliar o que ele vai implantar. A gente recomenda, mas não tem como obrigar”, frisa.

Ela reforça, todavia, que os prefeitos devem sempre se balizar por dados técnicos. “O gestor municipal tem a responsabilidade. A partir do momento que ele toma uma medida menos restritiva, tem que ter embasamento técnico para tal”, destaca.


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