Os procedimentos que necessitam dos serviços dos médicos anestesistas da rede pública municipal e conveniada SUS em Goiânia foram mantidos mesmo após suspensão do atendimento pelos médicos da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás (COOPANEST-GO). Com o vencimento do contrato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia e da ausência de negociação da dívida de cerca de R$ 27 milhões em salários dos servidores, os anestesistas decidiram pela interrupção completa da prestação de serviços a partir do dia 5 de janeiro.
Como alternativa à crise, a SMS optou por uma nova forma de contratação. Assim sendo, romperam com os médicos associados da COOPANEST-GO e decidiram fazer as novas contratações de anestesistas por meio de negociações diretas, que ficaram à cargo de cada unidade hospitalar, conforme acontece com outras especialidades médicas.
Conforme a Saúde de Goiânia, com a medida, os atendimentos da rede foram mantidos. “Em nenhum momento houve a suspensão completa de procedimentos por conta de movimento de paralisação de anestesistas, mas de alguns casos eletivos”, declarou a SMS. Segundo a secretaria, todas as unidades associadas operam normalmente.
No entanto, desde o estopim da questão, no início de janeiro, a dívida com os médicos da COOPANEST-GO segue sem tentativa de negociação ou desfecho. De acordo com a Cooperativa dos médicos anestesiologistas, a dívida da Prefeitura de Goiânia já está avaliada em cerca de R$ 27 milhões.
A SMS alega que os débitos pendentes não correspondem ao valor mencionado. “Em 2023 repassamos à COOPANEST-GO um total de R$ 13.071.535,08 o que representa 4,47 vezes o valor da tabela SUS”. A Saúde de Goiás acrescentou que ainda está fazendo o levantamento dos valores reclamados pela COOPANEST-GO para dar continuidade às negociações. “Já solicitamos à cooperativa um descritivo deste montante”, pontuou.
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