07 de agosto de 2024
Destaque 2 • atualizado em 19/12/2020 às 09:44

Apenas Eixo Anhanguera tem operado no sábado em que o transporte coletivo amanheceu parado em Goiânia

Apensa a Metrobus ligou as chaves dos veículos na manhã deste sábado (19/12). As demais empresas, não.
Apensa a Metrobus ligou as chaves dos veículos na manhã deste sábado (19/12). As demais empresas, não.

O sábado (19/12) em Goiânia e região metropolitana amanheceu diferente para quem precisa utilizar o transporte coletivo. As empresas já haviam feito o alerta na última sexta-feira (11/12) e reforçaram neste dia 18. Hoje (19/12) apenas a Metrobus tem operado pela via do Eixo Anhanguera e extensões para Goianira, Senador Canedo e Trindade. As demais concessionárias – HP, Reunidas, Cootego e Rápido Araguaia – estão paradas sem nenhum carro circulando na região metropolitana.

Mesmo com o Eixo Anhanguera em operação, o serviço de transporte na Região Metropolitana fica comprometido. Isso porque, a Metrobus, empresa que faz a operação da via exclusiva, só tem como operar naquele trajeto, ou seja, ao longo dos cinco terminais da Avenida Anhanguera (Novo Mundo, Praça da Bíblia, Praça A, Dergo e Padre Pelágio) e às extensão (Senador Canedo, Vera Cruz, Goianira e Trindade). Quem precisar se deslocar ao Terminal Isidória ou ao Vila Brasília, por exemplo, não conseguiria continuar a viagem.

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET) já havia alertado que a situação estava caótica e beirava o colapso. Eles haviam comunicado à gravidade tanto a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) e a Prefeitura de Goiânia para vislumbrar uma solução.

Em entrevista ao Diário de Goiás no sábado passado (12/12) o presidente do SET, Adriano de Oliveira, fez um resumo do cenário catastrófico que as empresas viam adiante. “As empresas ao longo desses nove meses mantendo um serviço que não parou nenhum um dia, mas nós temos sim, uma preocupação com tudo neste momento. Uma coisa era quando esse prejuízo operacional era de 20, 30 milhões e a gente buscava recursos no sistema financeiro para continuar operando. Hoje, esse valor já vai superar 70 milhões e o próprio crédito das empresas está ameaçado”, explicou Oliveira. Algumas empresas sequer conseguiram fechar a folha salarial de novembro e o décimo terceiro dos funcionários está comprometido.

Solução

As concessionárias estão trabalhando para que o serviço retome sua normalidade até segunda-feira. E afirma continuar na busca por uma solução para a crise instalada que, neste momento, a saída vislumbrada poderia ser o cumprimento, pelos municípios, do Plano Emergencial formulado pelo Estado de Goiás, que, inclusive, foi homologado parcialmente no processo judicial promovido pelo Ministério Público visando assegurar a manutenção da prestação do serviço de transporte público.

Adriano entende que se em especial as Prefeituras de Goiânia e Aparecida de Goiânia, entre as demais da Região Metropolitana aderissem ao Plano Emergencial proposto por uma Ação Cívil Pública do Ministério Público, possibilitaria um respiro temporário para a operação de transporte público. 

Adriano lembra que o serviço de transporte é público e o poder público deve dar a devida atenção. “Do mesmo jeito que estamos alertando estamos apontando a solução. Ao fazer o alerta, também não adianta apontar uma solução e a solução que a gente entende é que as prefeituras especialmente em Goiânia e Aparecida possam fazer adesão ao plano emergencial lembrando que esse plano emergencial foi proposto pelo Ministério Público por meio de uma Ação Cívil Pública do MP. O estado compareceu assumindo sua responsabilidade como um dos entes que compõem a região metropolitana de Goiânia e apresentou um plano e nesse plano a proposta do Estado é que haja uma recomposição do prejuízo operacional”, explicou.


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