Ao bater freneticamente com o martelo em leilão do trecho Norte do Rodoanel de São Paulo, Tarcísio fez algumas pessoas relembrarem seu traços bolsonaristas. (Foto: reprodução)
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou do fim do leilão pelo trecho Norte do Rodoanel da capital nesta terça-feira (14), mas o destaque foi por conta de sua atitude na ocasião. Com fortes marteladas no púlpito, o chefe do Executivo estadual acabou até mesmo quebrando o letreiro da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.
Tudo isso, segundo informações de pessoas que estavam no local, por que o governador quis “mostrar como é que faz”, alegando que o pessoal do seu governo e à sua volta ainda estavam “tímidos”. Fato é que o vídeo viralizou e, entre outras palavras, o comportamento de Tarcísio de Freitas foi criticado, chamado de “tosco”, “exagerado” e “agressivo”, o próprio fez pessoas relembrarem seus traços bolsonaristas.
Tarcísio de Freitas, por sua vez, defendeu a atitude publicando seu ponto de vista sobre o leilão na B3. “Que felicidade que o primeiro martelo batido como governador seja para tirar do papel uma obra tão emblemática como essa”, escreveu. Veja na íntegra o vídeo e o que diz o governador de SP.
Esta não foi a primeira vez, porém, que o atual governador de São Paulo bateu o martelo com força. Em 2021, quando era ministro da Infraestrutura, Tarcísio fez o mesmo no balcão da B3 ao anunciar o arremate do leilão da nova concessão da rodovia Presidente Dutra. Na época, foi apelidado de “Thorcísio”.
O Rodoanel Governador Mário Covas (SP-21), também conhecido simplesmente como Rodoanel, é um anel rodoviário de 176 quilômetros que circunda quase toda a Grande São Paulo. Construído ao longo de duas décadas o trecho possui, até hoje, a conclusão da última etapa prevista para 2025. O trecho norte ainda está em construção e, por isso, o leilão.
Para dar continuidade à concessão, foi o fundo de investimento Via Appia Infraestrutura que venceu o leilão para o trecho Norte. A empresa terá três anos para finalizar as obras, paralisadas desde 2018, e que, quando concluídas, poderão retirar 30 mil caminhões e 54 mil automóveis na Marginal Tietê, na capital paulista, que pioram o tráfego do local atualmente.
O projeto, como afirmou Tarcísio, tem valor de investimento previsto de R$ 3,4 bilhões e deve gerar mais de 15 mil empregos e reduzir a circulação diária de 18 mil caminhões dentro da capital.