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Brasil
| Em 4 dias atrás

Anac suspende operações da Voepass por irregularidades na gestão

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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou, nesta terça-feira (11), a suspensão das operações da Voepass, empresa formada pela Passaredo Transportes Aéreos e pela Map Linhas Aéreas. A decisão foi tomada em caráter cautelar devido às “não conformidades relacionadas aos sistemas de gestão da empresa previstos em regulamentos”.

De acordo com a Anac, a Voepass apresentou falhas na gestão operacional, descumprindo exigências estabelecidas para manutenção de seus voos dentro dos padrões de segurança. “A decisão da Anac decorre da incapacidade da Voepass em solucionar irregularidades identificadas no curso da supervisão realizada pela agência”, informou o órgão em nota.

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A agência ressaltou ainda que a companhia descumpriu condicionantes previamente estabelecidas e que a medida visa garantir a segurança das operações. A Voepass opera atualmente com seis aeronaves, atendendo 15 localidades com voos comerciais e duas por meio de contratos de fretamento.

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Com a suspensão das atividades, a Anac orienta que os passageiros afetados entrem em contato com a empresa ou com a agência de viagem responsável pela emissão dos bilhetes para solicitar reembolso ou reacomodação em outras companhias.

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Histórico de problemas e fiscalização intensificada

A Voepass estava sob fiscalização rigorosa desde o acidente ocorrido em 9 de agosto de 2024, quando um de seus aviões caiu em Vinhedo (SP), causando a morte de 62 pessoas. Desde então, a Anac implantou uma operação assistida para monitorar de perto as condições de segurança da empresa.

No final de fevereiro de 2025, após uma nova rodada de auditorias, a agência identificou uma degradação na eficiência do sistema de gestão da Voepass. O relatório apontou reincidência de irregularidades previamente identificadas e a ineficácia do plano de ações corretivas apresentado pela companhia.

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Quebra de confiança e suspensão indefinida

A Anac destacou que houve “uma quebra de confiança em relação aos processos internos da empresa devido a evidências de que os sistemas da Voepass perderam a capacidade de dar respostas à identificação e correção de riscos da operação aérea”.

Por isso, a suspensão permanecerá em vigor até que a companhia demonstre capacidade de operar dentro das normas de segurança exigidas. O Ministério de Portos e Aeroportos classificou a medida como acertada e afirmou que vinha acompanhando o processo há meses. “A medida cautelar visa, de forma temporária, solicitar que a empresa aérea melhore sua governança e fortaleça ainda mais a segurança dos voos no país”, declarou a pasta em nota.

A Voepass ainda não se pronunciou sobre a decisão.

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Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019

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