Passe Livre Estudantil será pós-pago em 2023. (Foto: Divulgação / Seds)
Estudantes da Universidade Federal do Estado de Goiás (UFG) e da Universidade Estadual do Estado de Goiás (UEG) terão seus cartões do Passe Livre Estudantil renovados automaticamente em 2023, devido a reformulação do sistema. No entanto, até que os novos bilhetes sejam disponibilizados, os alunos terão o benefício suspenso. A medida impacta aproximadamente 13 mil alunos.
É que ambas as Universidades, em recesso de fim de ano, retomarão as aulas do ano letivo de 2022 no próximo dia 9 de janeiro, justamente no dia em que o prazo para renovação do Passe Livre Estudantil se inicia. O cronograma diferenciado se dá por conta dos recessos decorrentes da pandemia.
Como o Passe Livre Estudantil atual cairá em desuso no próximo dia 31 de dezembro, estudantes da UFG e UEG poderiam ser ainda mais prejudicados caso tivessem de fazer todo o processo de recadastramento, já que os novos cartões só irão ficar disponíveis a partir do dia 24 de janeiro.
Para que não haja grandes prejuízos, o superintendente da Criança, Adolescente e Juventude da Secretaria de Desenvolvimento Social de Goiás, Ricardo Costa, explicou ao Diário de Goiás que um mecanismo diferente foi articulado junto ao RedeMob Consórcio que faz a operação do serviço.
“Acordamos com a RedeMob que hoje todos os alunos que estão ativos no Passe Livre Estudantil da UFG e da UEG terão seu recadastramento realizado de maneira automática, ou seja, pelo próprio sistema. O aluno não precisa no dia 9 fazer o seu cadastro ou recadastro. No próprio dia 9 já adiantamos a impressão dos Cartões da UEG e UFG. Estimamos que até o dia 17 todos os cartões estejam no Vapt Vupt para que os alunos possam fazer a coleta”.
Costa explica que a RedeMob Consórcio se comprometeu a trabalhar em regime de plantão para entregar todos os cartões aos estudantes das universidades dentro de oito dias a partir do dia 9 de janeiro. “É uma boa notícia para os estudantes que terão os cartões do Passe Livre Estudantil com mais celeridade”, destacou.
Questionado se os estudantes não poderiam usar o cartão atual até que o novo ficasse pronto para que não houvesse prejuízos, Ricardo explica: “Infelizmente isso não foi possível. Para implantar o novo sistema, será necessário inabilitar o atual”, pontua. “É uma nova tecnologia que será implementada. Que vai corrigir muitos problemas que ocorriam”, destaca.
“Tudo isso foi tratado com a Universidade Estadual e a Universidade Federal, conversamos e tivemos reuniões com o DCE da Federal. Eles entenderam a necessidade para que mudássemos o sistema para que 2023 começasse de forma 100%. Tudo ocorreu com muito diálogo”, completou Ricardo.
O que muda no sistema a partir de 2023
A partir de janeiro de 2023, o formato de repasse dos valores das passagens do Passe Livre Estudantil (PLE) custeadas pelo governo de Goiás às empresas prestadoras do serviço, será pós-pago. A mudança no acontece para aprimorar o atendimento aos estudantes que utilizam o sistema. Em Anápolis não haverá mudança, já que o contrato com as empresas locais é distinto.
O sistema atual da capital e região metropolitana fica em vigor até o próximo dia 31 de dezembro e, a partir dessa data, a nova tecnologia começará a ser implementada. Um novo cartão deverá ser adquirido a partir de 2023.
O PLE, programa do Governo de Goiás gerido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), tem capacidade para atender 110 mil estudantes. São até 48 viagens mensais, para ir e voltar da instituição de ensino, de acordo com o calendário letivo de cada instituição. Nesse ano de 2022, 84.692 alunos requisitaram o benefício.
A cobertura abrange os municípios de Abadia de Goiás, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Goianápolis, Goiânia, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade.
O saldo do cartão não é cumulativo, ou seja, se o aluno não utiliza todos os créditos, no mês seguinte é depositada apenas a diferença para completar 48 viagens. O número de passagens leva em consideração os dias letivos de cada mês, informados pelas instituições de ensino.