Publicidade

Alexandre de Moraes nega pedido de Bolsonaro para adiar depoimento à PF

Por 7 meses atrás

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes negou pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para adiar seu depoimento à Polícia Federal (PF) marcado para quinta-feira (22). Segundo a defesa, o ex-presidente somente deverá prestar depoimento sobre a suposta trama golpista quando tiver acesso integral às provas no processo. Porém, segundo Moraes, a afirmação é controversa.

Em sua decisão, o ministro afirmou que não tem razão ao afirmar que não lhe foi garantido o acesso integral a todas as diligências e provas juntadas aos autos, “bem como, não lhe compete escolher a data e horário de seu interrogatório”. Moraes também citou que, embora a Constituição Federal consagra o direito ao silêncio e o privilégio contra a autoincriminação, não é permitido ao investigado ou réu se recusar a participar de atos procedimentais.

Publicidade

“Dessa maneira, será o investigado quem escolherá o ‘direito de falar no momento adequado’ ou o ‘direito ao silêncio parcial ou total; mas não é o investigado que decidirá prévia e genericamente pela possibilidade ou não da realização de atos procedimentais ou processuais, durante a investigação criminal ou a instrução processual penal”, aponta Moraes.

Publicidade

Operação mira Bolsonaro e aliados

No dia 8 de fevereiro, foi deflagrada pela Polícia Federal (PF), a Operação Tempus Veritatis para apurar grupo suspeito de tentar dar um golpe de Estado no país a fim de manter no poder o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022. Segundo a PF, o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022.

Publicidade

“De modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”, informou a PF. O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação.

Segundo a coorporação, o discurso foi reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022. Já o segundo eixo de atuação do grupo, de acordo com o comunicado, consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado.

Publicidade

Em Goiás, o tenente-coronel do Exército Guilherme Marques Almeida, foi investigado pela operação. O ex-comandante do Batalhão de Operações Psicológicas, pertencia a um dos seis núcleos para dar um golpe. O núcleo bolsonarista do oficial do Exército, era o encarregado de espalhar fake news e atacar o sistema eleitoral brasileiro.

Guilherme foi exonerado do cargo no dia 14 de fevereiro. A decisão foi publicada no Diário Oficial e assinada pelo comandante do Exército, general Tomás Paiva. O tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais de Manaus, também foi exonerado na mesma data.

Com informações da Agência Brasil

Publicidade
Compartilhar
Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019