Por unanimidade, o Plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou nesta terça-feira (17), em primeira discussão, o projeto de reestruturação e ampliação do efetivo dos Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO). Serão 621 quadros na corporação que vai subir de 4988 para 5.609 que visam atender todo o território goiano.
Além das vagas, o texto altera a forma como são feitas as promoções. Para ser promovido pelo critério de antiguidade ou merecimento, o projeto define que o oficial bombeiro militar esteja incluso, no caso de major, tenente-coronel e coronel, entre os 35% mais antigos do quantitativo total de oficiais dos postos de capitão, major e tenente-coronel.
De acordo com o líder do Governo, Bruno Peixoto (UB), 69% das vagas serão criadas para os praças, que são os oficiais dos bombeiros que já estão na corporação e serão promovidos em julho. “Gostaríamos de ter mais vagas, mas não é possível no momento, por isso precisamos aprovar essa matéria o mais rápido possível, para garantir a promoção”, defendeu o líder do Governo.
Crítico, mas favorável a matéria, o deputado Coronel Adailton (PRTB) comemorou a aprovação do texto. Ele defendeu que o texto fosse aprovado, “ainda que fosse abrir somente uma vaga”. O parlamentar, no entanto, foi crítico à redação final. Votou pela aprovação porque foi feito o compromisso de que novas promoções serão apresentadas.
“É um projeto importante para os Bombeiros, mas o percentual é muito claro. Para os oficiais, o percentual médio é de 40,32%, para as praças, é de 16,68%. Mais de 400 serão promovidos, portanto é importante para o CBM, por isso fui favorável ao projeto”, defende o parlamentar.
Aprovado por unanimidade, o texto também contou com a análise de uma emenda do deputado Delegado Humberto Teófilo (Patriota), que tinha o intuito de retomar a igualdade entre o critério de antiguidade ou merecimento da Polícia Militar de Goiás (PMGO), que é de 50% para os mais antigos. O destaque foi rejeitado por 16 votos a seis. Outros dois parlamentares se abstiveram.
O deputado Major Araújo (PL), que faz parte da oposição, criticou o texto. Após a aprovação, o parlamentar afirmou que foi uma derrota para os praças dos bombeiros, que estão sendo prejudicados. “[Os Bombeiros] não tem efetivo. É um projeto que vai estagnar a cadeia de praças, vai causar problemas em toda a cadeia de comando”, criticou o parlamentar.
O texto ainda será analisado em segunda discussão e votação no plenário da Casa. Caso aprovado, o texto será encaminhado para a sanção do governador Ronaldo Caiado (UB).
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