Na manhã desta quinta-feira (19) os agentes comunitários de Saúde e de combate a endemias se concentraram no setor Jardim Curitiba III em uma mobilização em prol do reajuste no piso salarial. Segundo os trabalhadores já se passaram 10 meses desde a promulgação da Emenda Constitucional nº 120, que fixou o piso salarial do ACS e ACE em dois salários mínimos. Desde então o direito ainda não foi garantido aos agentes.
No inicio do mês as duas categorias anunciaram a operação tartaruga, onde a estratégia implica em manter o número de trabalhadores em atividade normalmente, mas só alimentar 50% dos dados coletados por eles no Sistema Único de Saúde (SUS) até que a prefeitura atenda as reivindicações. Segundo representantes dos agentes, a operação vem sendo mantida.
Em entrevista ao Diário de Goiás, a diretora do Sindsaúde, Bruna Isecke confirmou que prefeitura de Goiânia continua efetuando o pagamento do piso com base no salário do ano passado. “Nós estamos já há 10 meses tentando negociar com a prefeitura e eles não negociam, não sentam para negociar com a categoria”, denuncia a agente de saúde. Ambas categorias também buscam além da atualização do piso, um plano de carreira.
Bruna adiantou na entrevista que se caso a prefeitura não se posicionar para uma negociação no decorrer da semana, os sindicatos e os trabalhadores estudam entrar em greve a partir da próxima semana. “Nós estamos pensando em chamar uma assembleia para semana que vem com indicativo de greve”.
Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura de Goiânia ainda não se manifestou sobre a nova manifestação dos profissionais. Porém, a gestão municipal tem manifestado que enfrenta desafios financeiros devido à queda de receita.