Na manhã desta terça-feira (7), foi realizada uma assembleia geral com os agentes comunitários de saúde e de combate a endemias juntamente com a secretaria de saúde e de finanças. A nova proposta não foi aceita pelos agentes. A secretaria ofertou mandar o projeto de atualização do piso salarial para a Câmara apenas no dia 15 de dezembro. Com isso, os agentes afirmam que a produção será reduzida em 90%.
“Nós estamos pressionando para eles mandarem um projeto de lei antes do dia 15 de dezembro, porque tem o recesso da Câmara”, afirma a diretora do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), Bruna Isecke. Lembrando que o recesso na Câmara também preocupa os administrativos da educação em Goiânia que também é uma classe em greve.
O Diário de Goiás entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), porém ainda não tivemos retorno. A última informação da SMS foi avisando sobre a previsão de reunião com a Secretaria de Finanças para tratar do assunto.
Em 2022, os agentes conquistaram por meio da Emenda Constitucional nº 120 o direito ao piso salarial equivalente a dois salários mínimos. Na época o valor correspondia a R$1.212, mas foi reajustado para R$1.320 em maio de 2023. Porém, os profissionais alegam que apesar de receber do Governo Federal a verba utilizada para custear as despesas com os agentes, a Prefeitura de Goiânia continua a utilizar o salário de 2022 como referência para remunerar os ACS e ACE.
Além disso, os agentes se mobilizam também devido a falta de condições adequadas de trabalho. Segundo eles, existe a falta de itens essenciais como uniformes, crachás de identificação, e protetor solar.