22 de novembro de 2024
Destaque 3

AER-44 cobra novo acordo com a Prefeitura e cita movimento para reabertura no dia 15

Jairo Gomes, presidente da AER-44, relata movimento pela reabertura. (Foto: Reprodução)
Jairo Gomes, presidente da AER-44, relata movimento pela reabertura. (Foto: Reprodução)

Após a secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, descartar a reabertura do comércio, shoppings e da Região da 44 nos dias 6 e 13 deste mês, como acordado inicialmente, o presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER-44), Jairo Gomes, relatou que há um movimento de vários segmentos para que a economia da capital volte a funcionar, independentemente de autorização, a partir da próxima segunda-feira (15).

Segundo Gomes, essa iniciativa de empresários tem ganhado força, com quase 90 dias de fechamento, e começa a sair do controle de representantes dos fóruns comerciais e empresariais.

“Se a gestão pública não pautar o empresariado, o empresariado vai pautar a gestão pública. Não dá conta. Não estamos conseguindo mais segurar. Está insustentável e daqui a pouco vamos dar uma de Pilatos. Vamos lavar as mãos e deixar a coisa andar. Existe o movimento, isso não é uma ameaça, o poder público sabe disso. É um movimento claro, aberto e público, que quer a reabertura no dia 15”, relatou em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia.

A solução para acabar com a frustração dos setores econômicos, segundo o presidente da AER-44, é chamar o empresariado para construir um novo acordo, estabelecendo datas. Conforme Gomes, o prefeito Iris Rezende disse a representantes dos setores que se reuniria nesta segunda (8) ou na terça-feira (9) com o governador Ronaldo Caiado e depois apresentaria uma posição. “Estamos aguardando até quarta-feira para poder tomar uma decisão da reabertura no dia 13”, afirmou.

De acordo com Jairo Gomes, o prefeito teria relatado a empresários que é favorável à reabertura segura. “Entendemos que o prefeito caminha em uma linha e ela (secretária de Saúde) em outra. O prefeito é muito claro conosco. Estivemos com ele na sexta-feira, ele disse que precisa abrir, se não, não paga a folha de junho”, pontuou.

Ambulantes

Apesar das lojas fechadas, as ruas de Goiânia e da 44 seguem cheias. Em vários locais da cidade é possível ver ambulantes e camelôs, muitos sem normas de higiene recomendadas para impedir o contágio pelo coronavírus. Jairo Gomes critica a fiscalização da prefeitura e diz que, enquanto os empresários se sacrificam para manter as portas fechadas, o poder público não cumpre seu papel.

“Goiânia está movimentada. Só há quatro segmentos fechados em Goiânia: escolas, bares e restaurantes, shoppings centers e a Região da 44. Eu não estou na 44, mas posso afirmar que está lotada. A prefeitura, que nos cobra o fechamento, não faz o dever de casa de fiscalizar. Não podemos fechar uma região, segundo maior polo de moda do Brasil, e deixar as ruas lotadas de camelôs”, disse.

Ele ainda argumenta que reabrir a economia com segurança seria mais benéfico no combate ao vírus do que o comércio clandestino que está ocorrendo. “O que estamos pregando é que a reabertura não é problema, é parte da solução”, argumentou.


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