05 de dezembro de 2025
Denúncia • atualizado em 22/05/2025 às 09:42

Advogado da Aurora Eadi afirma que recebeu proposta de representante do prefeito para abrir empresa

O valor oferecido para destravar os trâmites de abertura da empresa em Anápolis foi de R$ 7 milhões; a Aurora enfrenta imbróglio desde 2018, quando venceu a licitação e ainda aguarda alvará de funcionamento
Advogado da Aurora Eadi, Carlos Henrich Martins. Foto: Reprodução/ Youtube DM Anápolis
Advogado da Aurora Eadi, Carlos Henrich Martins. Foto: Reprodução/ Youtube DM Anápolis

O advogado da Aurora Eadi, Carlos Henrich Martins, denuncia proposta de suposto representante do prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), para destravar o alvará de funcionamento que embarga a abertura da empresa na cidade. Em entrevista ao programa Painel DM, do DM Anápolis, nesta quarta-feira (21), o representante da Aurora relatou que foi oferecido o valor de R$7 milhões em troca da liberação do documento.

Segundo Carlos Martins, a proposta foi recusada. “A empresa não aceita esse tipo de situação. As visitas que recebemos, as situações recebemos nesse sentido, simplesmente recusamos e dizemos: ‘a gente agradece, mas, mesmo que isso seja verdade, a gente prefere, então, se for o caso, não abrir.'”, afirmou o advogado da Aurora.

O representante da Aurora Eadi afirmou que o suposto interlocutor do prefeito, cuja identidade não foi revelada, assegurou que, se não fosse por meio do pagamento, o trâmite para a obtenção do alvará de funcionamento não seria liberado. “Inclusive dizendo claramente, que se não fosse assim, não resolveria. E te digo o número, pediram 7 milhões”, revelou Carlos.

A Aurora Eadi aguarda o alvará de funcionamento, que precisa ser expedido pela Prefeitura de Anápolis, desde 2018, quando venceu a licitação do Governo Federal para operar a estrutura logística do Porto Seco de Anápolis. O documento é necessário para concluir o processo de alfandegamento, item indispensável junto à Receita Federal, que possibilita o inícios das operações.

A empresa, que opera outros portos secos em Manaus e Sorocaba, argumenta que cumpriu todas as exigências legais e que não enfrentou esse tipo de entrave nas outras cidades. Caso estivesse em operação, a empresa seria responsável pelo desembaraço aduaneiro de parte dos produtos importados que chegam à Goiás, processo que, até então, é realizado pelo Porto Seco Centro-Oeste.

O Diário de Goiás solicitou reposta para a assessoria do prefeito mas não obteve retorno até a publicação.


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