Um adolescente de 16 anos invadiu a Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, em Estação, na Região Norte do Rio Grande do Sul, e matou o menino Vitor André Kungel Gambirazi de 9 anos, ferindo também outras duas alunas de 8 anos, e uma professora de 34, na manhã desta terça-feira (8). Ele usou um ou mais de um instrumento cortante.
A invasão causou pânico na escola que tem 152 alunos. Uma câmera de segurança de uma casa vizinha registrou os gritos de horror e várias crianças correndo e sendo abrigadas na casa da moradora. Assustada com o choro das crianças, a mulher achou que elas corriam de algum incêndio.
Adolescente entrou pela porta frente para entregar currículo
O adolescente entrou pouco depois das 10h e começou a atacar as crianças aparentemente de forma aleatória. Após fazer quatro vítimas, ele foi contido pelo porteiro junto com outras pessoas até a chegada da Polícia Militar.
O prefeito de Estação, Geverson Zimmermann (PSDB), afirmou em entrevista à Tv Globo que o adolescente entrou na escola “pela porta da frente” com o argumento de que iria entregar um currículo. Teria pedido também para ir ao banheiro. Era horário de aula.
O adolescente teria então soltado bombinhas nas salas das turmas do 3º e 5º anos para assustar as crianças. Em seguida iniciou os golpes.
O menino que ele matou cursava o 3º ano do ensino fundamental e foi golpeado nas costas, na altura do tórax. Em nota, o Hospital São Roque, de Getúlio Vargas, informou que o menino já chegou sem vida na unidade.
As outras três vítimas, duas alunas e uma professora, foram encaminhadas a hospitais da região. Uma das alunas foi liberada ainda pela manhã, após atendimento médico para suturas nos ferimentos.
Aulas suspensas e população em choque
Após a tragédia, a prefeitura determinou a suspensão das aulas na rede municipal por tempo indeterminado. Estação é uma cidade de apenas 5 mil habitantes e a tragédia chocou os moradores.
Abalado, o prefeito disse que o adolescente era muito conhecido na escola, estava passando por tratamento psiquiátrico, apresentando melhoras, e não havia motivos para desconfiar que ele faria o ataque.
Zimmermann descreveu a situação como espantosa para todos. O prefeito disse ainda que está acompanhando o quadro de saúde da menina e da professora que ainda estavam sob cuidados médicos e que elas não tinham quadro grave.
De acordo com a Brigada Militar do RS, foram deslocadas equipes imediatamente para a escola, seguindo os protocolos de resposta a ocorrências críticas.
“A Brigada Militar permanece à disposição da comunidade escolar e das famílias atingidas, oferecendo suporte institucional e se somando aos esforços das demais forças de segurança e órgãos públicos no enfrentamento e prevenção da violência”, disse em nota.
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