Publicidade
Destaque
| Em 3 anos atrás

Adib quer, mas Daniel Vilela vê impossibilidade de passar o MDB de Catalão para o prefeito

Compartilhar

Uma das exigências para o prefeito de Catalão, Adib Elias (Podemos), e seus aliados retornarem ao MDB é que, com a filiação, o comando do partido na região da cidade (que envolve também Orizona), seja devolvido ao seu grupo. Em entrevista à uma rádio local, nesta sexta-feira (28/01), o presidente estadual da legenda, Daniel Vilela, disse que, no momento, seria impossível por conta de acordo com o estatuto do partido. No entanto, também destacou que o diálogo continua e que as portas não estão fechadas.

Daniel pontuou que é hora de mirar o futuro. Ambos estão no mesmo grupo que sustentam e dão governabilidade ao governador Ronaldo Caiado, apesar dos ruídos que a dupla viveu quatro anos atrás. “Tivemos as nossas divergências políticas e eleitorais, mas ele esteve durante muito tempo dentro do nosso partido. Foi um líder importante e a gente precisa sempre olhar para frente, na política e até na vida, não podemos ficar com retrovisor.”

Publicidade

Quando Adib foi expulso do MDB, pelo próprio Daniel Vilela, foi buscar abrigo no Podemos, de José Nelto. Até a semana passada, o partido estava na base de sustentação ao governo Caiado. Com a intervenção federal e a nomeação do vice-prefeito de Aparecida, Vilmar Mariano no comando do diretório provisório da legenda, a agremiação agora vai para a oposição. Caiadistas convictos, tanto Adib como Nelto possivelmente terão de encontrar novas casas e o MDB surge como caminho.

Publicidade

Apurado pelo Diário de Goiás, uma das exigências que o grupo de Adib fez para seu retorno, foi também a retomada do comando regional da legenda, hoje tocada pelos irmãos Helder e Onofre Galdino. De acordo com Vilela, isso não será possível no momento, haja vista o estatuto do partido. “O MDB na cidade de Catalão tem um diretório constituído, não é uma comissão provisória. A partir do momento que você constituí um diretório, você tem as lideranças com uma garantia estatutária durante todo o mandato. Temos nossos líderes que tem todo o reconhecimento e gratidão como presidente do partido, por estarem ai, segurando a bandeira do partido, por terem disputado as eleições, nas figuras do Helder que foi nosso candidato a prefeito. Uma pessoa extraordinária, teve um excepcional desempenho”, explicou.

Publicidade

Nem por isso, as conversas terão um ponto final. Daniel diz que foi importante o passo dado. “A gente precisa deixar essas divergências e seguir em frente mantendo um respeito e deferência pessoal e é nesse sentido que eu fiz essa visita ao prefeito Adib. Para que possamos iniciar um diálogo agora que estamos hoje dentro de um projeto eleitoral na qual estamos compondo a mesma base política, liderada pelo governador Ronaldo Caiado”, destaca.

Com o fim do mandato do diretório municipal, uma futura composição poderá ser construída. “Tudo será definido estará ao cargo do diretório estadual mas ao longo dos próximos meses e deste mandato vamos buscar estar construindo ao final deste mandato, caso haja o interesse de estarem no partido, de ocuparem espaços de liderança no diretório municipal, acredito que é possível ele ser construído”, explicou.

Publicidade

Se é possível uma reconciliação com Adib e seu grupo? Daniel acredita que o tempo poderá resolver todos os imbróglios. “Acho que a gente tem que dar tempo ao tempo. Aguardar com que os acontecimentos políticos se encarregam de definir o futuro dos partidos. A gente já viu muitas recomposições políticas. Eu mesmo, disputei as eleições contra o governador em 2018 e hoje de forma anunciada, de forma pública, nosso partido compreendeu que o melhor caminho era dar o respaldo ao governador buscar uma nova candidatura e sua reeleição porque tem feito um trabalho corajoso, determinado, de recuperação e resgate do estado e mudança das práticas políticas adotadas em governos anteriores”, concluiu.

Publicidade
Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.