07 de agosto de 2024
Cidades

Ademi pede a Iris que não paralise construção civil em Goiânia

Entidade alega que é impossível trabalhar de forma intermitente e setor é seguro. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Entidade alega que é impossível trabalhar de forma intermitente e setor é seguro. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) enviou, nesta segunda-feira (29), um ofício ao prefeito Iris Rezende pedindo para que o município não acompanhe o decreto estadual e mantenha as atividades de construção civil funcionando em Goiânia.

A entidade se posicionou contra a proposta do governador Ronaldo Caiado de parar, inclusive, as obras. alegando que o setor é seguro. “Acreditamos que o prefeito será sensível ao nosso pedido. Como grande obreiro que é, sabe das responsabilidades que nós temos e de tudo o que fizemos para manter nossas obras de forma segura”, avalia o presidente da Ademi-GO, Roberto Elias.

Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), divulgados em junho, mostram que o número de infectados atingiu apenas 1,15% do total de 55 mil trabalhadores presentes nos canteiros de obras do país.

Com base nos dados desse relatório, o ministro da Economia, Paulo Guedes, citou a indústria da construção como exemplo de atividade produtiva que cumpre protocolos e tem baixo prejuízo à saúde dos trabalhadores. O governo federal chegou a emitir decreto colocando as obras como serviços essenciais, justamente por entender o baixo grau de contaminação.

Conforme análise da Ademi-GO, o cenário imposto em Goiás não reflete o restante do país. “As obras não pararam em praticamente nenhum estado brasileiro (além de Goiás, apenas o Pernambuco e Piauí pararam, mas já retomaram as atividades). O estado de São Paulo, o maior do país, nunca paralisou qualquer obra”, completa Elias.

A Ademi também questiona o motivo pelo qual o decreto permite a continuidade das obras públicas. “Se o decreto vem para resolver um problema sanitário, por que as obras públicas podem continuar, e as privadas, que geram emprego, renda, sustento para milhares de família e seguem rigorosos controles, não?”

Para justificar a posição, a Ademi-GO cita ainda que, do ponto de vista operacional, é impossível mobilizar e desmobilizar obras a cada duas semanas. “É impossível para as empresas que possuem em 100, 200, 300 funcionários pagar o salário do mês para os operários trabalharem apenas 14 dias… esse decreto agravará substancialmente o problema de desemprego em Goiânia”, cita.

Entidade alega que setor tem protocolos seguros

Segundo a Ademi-GO, desde que o setor foi autorizado a funcionar novamente, manteve postos de trabalho e aplicou nas obras medidas severas de controle e desinfecção. Conforme a entidade, a atividade não gera aglomerações e os ambientes são ventilados.

Entre as medidas de segurança estão o escalonamento de horário dos trabalhadores para evitar aglomeração na chegada e evitar os horários de pico no transporte público coletivo, além da aferição de temperatura dos colaboradores na chegada e ao longo da jornada diária do trabalho, e o uso de máscaras durante toda a permanência no canteiro de obras.

Os trabalhadores pertencentes aos grupos de risco foram afastados do trabalho e são monitorados a distância. Os profissionais também são advertidos para evitar cumprimentos sem abraços ou apertos de mão e, a todo momento, lavar as mãos e fazer uso do álcool em gel. As refeições são realizadas em grupos pequenos e com distanciamento entre os profissionais. Os equipamentos e instrumentos, higienizados com frequência e o uso dos elevadores ser feito de forma controlada para evitar aglomeração.


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