O homem de 25 anos acusado de matar os advogados Marcus Aprigio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, na última quarta-feira (28), em Goiânia, disse à Polícia Civil que cometeu crime de latrocínio.
O secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, informou que o suspeito, preso nesta sexta-feira (30), no Tocantins, “está batendo na tecla de latrocínio”. Os investigadores, no entanto, trabalham com várias hipóteses.
“Não vamos descartar nenhuma das vertentes. Concluímos a primeira etapa, da cena do crime e vamos para as próximas, que vão definir se foi latrocínio, pistolagem ou execução a mando”, disse Miranda. “A motivação é um segundo processo, que vai demandar um pouco mais de análise e investigação”, completou.
Segundo o delegado Rhaniel Almeida, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), o suspeito que está preso foi quem atirou nas duas vítimas, tendo atingido uma delas com três disparos e a outra com um. Ele levou R$ 2 mil de um dos advogados assassinados.
O titular da DIH, Rilmo Braga, disse que “não há qualquer dúvida de que essa dupla é responsável pelo crime”, citando provas científicas, materiais e testemunhais obtidas pela força-tarefa da Polícia Civil. As principais informações são mantidas sob sigilo, mas Braga destaca que o crime foi planejado.
Além do suspeito preso, o outro homem acusado do crime, de 24 anos, foi morto em confronto com a Polícia Militar do Tocantins na sexta-feira. Os dois, de acordo com a Polícia Civil, são de extrema periculosidade e têm ficha criminal extensa. O homem que foi detido é considerado um dos maiores matadores de aluguel do Tocantins, segundo Rhaniel Almeida, e teria confessado que já executou 12 pessoas.
Dinâmica do crime
O delegado Rhaniel Almeida revelou que a Polícia Civil conseguiu rapidamente identificar os suspeitos das execuções, confirmando que eles se hospedaram num hotel em Goiânia no último sábado (24) e deixaram a capital às 15h10, rumo a Anápolis, onde pegaram um ônibus com destino a Palmas.
A representação pela prisão dos indivíduos foi deferida pela Justiça em cerca de uma hora e, na sexta-feira, a força-tarefa, com suporte da Polícia Civil do Tocantins, foi a Porto Nacional para prender os suspeitos. Um deles foi detido em casa pela manhã.
O outro, esclareceu o delegado, deixou a casa antes da chegada dos agentes, mesmo sem ter conhecimento da operação, e se deslocou para uma região rural. Policiais civis buscaram o acusado em vários endereços na cidade, mas não o encontraram. De acordo com Almeida, no decorrer do dia, ele deve ter sido informado sobre a prisão do outro suspeito e permaneceu escondido. Mais tarde, foi morto em confronto com a Polícia Militar do Tocantins.
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