Mesmo depois do período do Outubro Rosa, mês de conscientização de prevenção ao câncer de mama, a Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) mantém os processos para aumentar a realização de mamografias e diagnósticos precoces da doença. A meta era de zerar as filas de exames nas seis policlínicas estaduais.
Goiás superou as expectativas, sendo que de 914 pendências, realizou 1.169 exames para prevenir o câncer de mama. Além disso, realizou 441 cirurgias em ginecologia, mastologia e plástica.
O efeito positivo da campanha permanece e as solicitações para exames de prevenção contra o câncer de mama continuam em alta no Complexo de Regulação Estadual. Segundo a superintendente de políticas de atenção integral à saúde, Paula dos Santos Pereira, já existe uma fila para os próximos meses.
“Terminou uma fila de mamografia, porém temos outra agora para os próximos meses. Isso já era esperado, porque todo trabalho feito em outubro foi também para ampliar a busca das mulheres pelo exame. É um resultado positivo da campanha e mostra que a população se preocupou, as mulheres buscaram atendimento”, afirma.
Outubro Rosa
Em outubro, o Estado lançou o projeto ‘Goiás Todo Rosa’, uma iniciativa em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) para testagem genética de mulheres para prevenção precoce do câncer. Com isso, Goiás se tornou o primeiro estado brasileiro a disponibilizar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) exames genéticos que diagnosticam câncer de mama e ovário.
Para as mulheres que têm alterações mamárias suspeitas podem realizar o teste de sequenciamento genético gratuitamente mediante uma amostra de sangue simples. Caso o resultado seja positivo, será orientada em como proceder o tratamento.
A previsão é que haja ainda a reestruturação nas seis policlínicas estaduais e cada unidade terá capacidade de realizar 1,5 mil exames pré-operatórios, consultas e exames do tipo mensalmente. Portanto, serão transformadas em centros de diagnóstico de câncer de mama e outros tipos.
De acordo com Paula, o projeto já está em andamento, mantendo a parceria com a UFG. “Já estamos com alinhamento do fluxo para que a gente encaminhe as pacientes para os exames, para o teste genético. Estamos reunindo com a Universidade Federal de Goiás para estabelecermos esse fluxo, além dos fatores e critérios para que ela busque o exame”, diz.