22 de novembro de 2024
Destaque 2

A necessidade do Inglês em tempos de pandemia

Teletrabalho, home office ou trabalho remoto. Foto: Marcelo Camargo/EBC
Teletrabalho, home office ou trabalho remoto. Foto: Marcelo Camargo/EBC

O aprendizado da língua inglesa nunca foi tão necessário, quanto atualmente. Em tempos de pandemia da Covid-19, onde o isolamento social se tornou essencial e, consequentemente, as atividades cotidianas,especialmente de trabalho, também, o Inglês passou a ser mais exigido. Reuniões de trabalho de forma virtual, manuseio de aplicativos e sites internacionais são algumas, dentre várias outras necessidades em que nos deparamos nos dias atuais.

No entanto, nunca é tarde para se aprender Inglês, de acordo com o professor Alcides Júnior, do California English Center. Ele afirma que, para isso, basta a pessoa querer. Além disso, afirma que o momento acabou facilitando o estudo da língua, levando em consideração ser possível aprender, também, ou mesmo aprimorar o estudo durante práticas comuns, como uma leitura a algo que gostamos, tradução de uma música ou série preferida, dentre outras.

“Hoje com esse panorama que a gente tá vivendo, da pandemia, que a gente teve esse salto tecnológico muito grande, quem buscou se atualizar com as tecnologias, teve que se adequar com os termos em Inglês, querendo ou não. Por exemplo, você tem algum problema com o Zoom (app de videochamadas), você vai ligar para eles ou mandar um e-mail, é em Inglês. Eles não têm um escritório, aqui”, exemplificou. “Você pode até se virar sem Inglês. Mas, você liga a televisão, você liga o seu celular, você coloca uma música, não tem como, o Inglês vai estar participando do seu dia a dia o tempo todo”, completou.  

Para aprender a língua no cotidiano,o especialista dá dicas: “se você gosta de tecnologia, você gosta de futebol, você gosta de moda, você gosta de economia, você gosta de cidades, vê isso em Inglês, porque você vai começar a tomar gosto. Vê isso original. Você gosta de um artista, vê o cara dando entrevista em Inglês. Põe primeiro em Português, pra você se sentir bem, depois você assiste de novo, com a legenda em Inglês. Depois você assiste de novo sem legenda”. No entanto, ressalta que o Inglês “por imitação” se trata de uma estratégia legal, porém nos deixa dependentes. “Isso é legal, por exemplo, se você tiver morando fora. Quem mora fora e nunca estudou, aprende por imitação. No Brasil, aprender Inglês por imitação é um pouco complicado. A menos que você fique ali o dia inteiro, com rádio, com vídeo”,explicou.

O professor ressaltou, ainda, que para aprender Inglês da forma correta, é necessário incluir leitura, fala e escrita. “Se você só ler, você vai ficar bom em leitura. Se você só escrever, você vai ficar bom em escrita. Se você só escutar, você vai ficar um bom ouvinte. Você fica bom no que pratica”, afirmou. “Quando você consegue fazer isso tudo, é uma maravilha! Uma habilidade complementa a outra. O lado bom de você ter um professor, uma escola, é para te coordenar nisso”, ressaltou o especialista, que afirma enxergar o Inglês como uma língua muito “objetiva” e “simplificada”.

Língua Turística

Durante a pandemia da Covid-19, a procura pelos cursos de Inglês aumentou, segundo o professor Alcides, por profissionais de vários segmentos. “Pessoal de medicina, de direito, de psicologia, também, administração. Os executivos, que são de diversas áreas, os empresários principalmente. Todos que às vezes têm muita reunião, com pessoas (em vários locais) Inglaterra, Japão. Eles têm que se comunicar e o Inglês é necessário. E essas outras áreas também, por congresso, por viagem, os empresários nas reuniões que eles precisam e para poder fazer psicólogos, RH para fazer treinamento, e acaba tendo que fazer isso muitas vezes em Inglês. Principalmente os profissionais de empresas multinacionais”, explicou.

Porém, há também procura por parte de pessoas que desejam se mudar para outro País, e até mesmo pessoas que já moram fora, levando em consideração que o Inglês é uma língua considerada turística em várias localidades. “Mesmo se você não tem um sonho de ir para os EUA, que é o mais visado, mas você vai para qualquer outro País, na maioria deles, com o Inglês, você acaba se virando. Se não é uma língua oficial, é uma língua que eles adotam para poder ser o denominador comum”, afirmou. 

Força de vontade

O aprendizado da língua estrangeira se torna fácil, de acordo com o Professor Alcides, a partir do momento em que o aluno deseja aprender, independente de sua idade ou vivência. “A primeira coisa é o aluno querer, porque se ele não tem esse desejo interno de aprender, você pode estar com uma metodologia mais eficaz, mais eficiente, top de todas, mas ele tá fechado e ele não vai aprender. Se ele tiver com vontade, ele aprende até sozinho”, disse. “Só o fato dele ter essa necessidade, ele vai fazer ter esse tempo para se dedicar à língua”, completou. 

“Eu tenho alunos na escola com mais de 60 (anos), que se dedicam e obtêm resultados fantásticos. Então eu acho que é uma questão de prioridade. Por exemplo, fazendo uma analogia: quando a pessoa vai para o exterior para aprender Inglês, essa pessoa deixa tudo organizado para o Inglês ser prioridade. Pede licença do trabalho, negocia com a família, vai para o exterior e aprende Inglês porque Inglês se torna prioridade. Agora, se a gente realmente precisa ir para o exterior para aprender Inglês? É claro que lá seria a opção mais fácil, porque você já está imerso. Mas se você tiver Inglês como prioridade aqui no País, aqui no Brasil, você consegue ter basicamente os mesmos resultados”, pontuou o especialista que, mais uma vez, bateu na tecla do aprendizado facilitado no dia a dia.

“O mundo está globalizado, você pode ter esse contato com o Inglês praticamente o tempo todo. Coloca o seu celular em Inglês, configura todos os seus eletrônicos em Inglês, começa a ver vídeos em Inglês, você gosta de esportes? vai para uma página de esportes em Inglês, você gosta de economia? vai para um site de economia de website internacional, e assim vai, você tem que se permitir. E o fato de a pessoa ter essa necessidade vai facilitar. Agora, também tem que ter a mente aberta. Por exemplo, o pessoal dessa geração fala assim ‘ah, Inglês é muito difícil, eu não vou aprender isso nunca’. Se a pessoa tem isso como afirmação, isso para mim é o maior obstáculo”, ponderou.


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