A eleição que parecia ganha, agora tem cara de segundo turno. Paulo Garcia (PT) comemorou, mas pode não rir por último. Nem melhor. As cartas que o prefeito guarda na manga estão se revelando ineficazes perante os últimos fatos. Seu maior cabo eleitoral, Iris Rezende (PMDB), está doente e poderá não ter disposição para peregrinações pelo Estado e, naturalmente, a capital. A segunda saída, a máquina pública, também não vai muito bem. Paulo tem nas mãos uma cidade cheia de obras inacabadas, ou feitas pela metade. A disputa de 2012 está com cheiro de votos por exclusão.
O petista cantou vitória antes da hora. Pensou ganhar por W.O.. Não que tenham aparecido concorrentes melhores, mas situações que o torna ainda pior. Além de sua inabilidade política e extrema falta de carisma, agora ele conta com um arquivo de 10 anos de ligações e transações bancárias sob posse da oposição.
O prefeito pode até não ter nenhum relacionamento com a contravenção, mas quem nunca deu uma escorregada financeira ou disse algo prejudicial em uma conversa descontraída? Só para constar, como deputado Paulo Garcia beirou o estilo descontraído. Difícil ficar imune às informações.
E mais: O sigilo será entregue no mês de setembro, vésperas das eleições. Recursos documentais de nada menos que 10 anos da história política e pessoal de Iris, Paulo e seu candidato à vice, Agenor Mariano (PMDB). Uma coligação inteira sujeita à manipulação dos concorrentes.
O desastre da campanha eleitoral de Paulo Garcia (PT), porém, não é daí. Ela nasceu com o no nome da coligação. Goiânia, uma cidade autossustentável! Uma cidade autossustentável? Goiânia é muita coisa, mas autossustentável… Talvez não seja a maior característica reconhecida pelos goianienses. Mera opinião baseada no convívio social em que estou imersa.
Uma estratégia de marketing que copia a que levou à derrota do correligionário Pedro Wilson. Aquele que pensou precisar apenas do peso do apoio de Iris, pode ser vencido por uma hérnia de disco que irá restringir a área de atuação do tão esperado cabo eleitoral. Ele deve se apresentar com mais assiduidade nas propagandas de TV e Rádio. Pouco.
Daqui pra frente, a meta do prefeito é o esforço para que suas inaugurações sejam menos desastrosas e com repercussões midiáticas mais positivas. Sem foguetório em zoológico ou superlotação e atrasos no Mutirama. E cuja propaganda, como se para funcionar ao contrário, dizia: “Venha para inauguração do novo Mutirama. Para sua segurança, os brinquedos não vão funcionar.”
Quer dizer, para sua segurança, a prefeitura funciona mais ou menos. Mais ou menos elege?