12 de agosto de 2024
Piracanjuba • atualizado em 12/08/2024 às 14:21

A cidade goiana que não reelege prefeitos (até 2020)

No pleito de 2024, o atual gestor enfrenta a vice e o ex-prefeito do município
Foto: Altair Tavares/Diário de Goiás
Foto: Altair Tavares/Diário de Goiás

Fundada há 168 anos, a cidade de Piracanjuba nunca reelegeu um prefeito. Administrado atualmente por Claudiney Bode (UB), o município contou, desde o ano 2000, com os seguintes gestores: José Lourenço, até 2004, Naudiomar Elias, de 2005 a 2008, Ricardo Pina, de 2009 a 2012, Amauri Ribeiro, de 2013 a 2016, e João Barbosa, de 2017 a 2020.

Nos dois últimos pleitos, os então prefeitos optaram por não disputarem a reeleição. Já neste ano, o atual administrador, bem como o anterior, João Barbosa, tentam uma nova gestão.

Prefeito enfrenta vice em 2024

Dentre os concorrentes do prefeito em exercício, está a vice-prefeita do município, Professora Lenízia Canêdo (PP), em oposição ao atual administrador. Sem o citado histórico de reeleição na cidade, a candidata afirma enxergar um cenário favorável para a disputa.

Em entrevista ao Diário de Goiás, Lenízia afirmou ter optado pela concorrência por não fazer parte da gestão de Claudiney, desde o início de seu mandato. Além disso, destacou que o gestor possui um grande índice de rejeição no município. “Construímos juntos uma chapa com a expectativa de um trabalho conjunto, onde eu me vi muito incluída no momento da política, em si, no ato de angariar e buscar votos. Após vencidas as eleições, eu já não fiz mais parte, por exclusão dele”, relatou. 

A professora disse ter insistido, por algum tempo, pela participação no governo. Porém, não foi o que aconteceu. A partir de então, alegou ter se preparado, por fora, da maneira que pôde, criando laços com deputados e lideranças políticas, tornando-se oposição do prefeito, no qual afirma não enxergar uma nova vitória. “Pelas pesquisas, a rejeição é muito grande. Por isso, eu não acredito na reeleição dele”, disse.

Diante das afirmativas, demonstra o desejo em tornar-se a primeira prefeita da cidade. “Piracanjuba hoje clama. A gente tem ouvido, muito, as pessoas pedirem uma mulher pela primeira vez. Então eu vejo que o cenário, agora, talvez esteja mais favorável”, disse.

Além de Lenízia, Claudiney e João Barbosa, Ellen de Lima (PSB) e Cláudio Grilo (PRD) são candidatos ao pleito. O professor Milton Justus (PDT), que pretendia se candidatar ao cargo, se juntou à Lenízia no projeto, como candidato a vice da chapa, cuja convenção ocorreu no último dia 30.

Gestão retrógrada

Também em entrevista ao Diário de Goiás, Justus associa a não existência de reeleição no município, em razão da falta de uma gestão inovadora. “O fato de não existir reeleição aqui, a gente percebe que é por conta de não ter sido entregue um bom trabalho à população e, por essa razão, a gente percebe que não conseguem disputar a reeleição e, quando disputam, não logram êxito”, pontuou.

“Quando se leva a sério um serviço público, é natural a reeleição”, salientou Justus, com a afirmativa de que Piracanjuba necessita de “um choque de gestão”, que possibilite a recolocação do município no mapa de Goiás. “Nós estamos, aqui, praticamente esquecidos”, ponderou o vice de Lenízia.

Durante o período de produção da reportagem, o prefeito Claudiney Bode foi procurado pelo Diário de Goiás. No entanto, não houve resposta às ligações e mensagens deste veículo. O espaço está aberto para eventuais manifestações do gestor.


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