Estados e prefeituras começam a liberar a aplicação da quarta dose da vacina contra a covid-19 em pessoas com menos de 40 anos, em meio à alta de casos e mortes pelo novo coronavírus. O reforço do imunizante é liberado para quem tomou a terceira injeção há pelo menos quatro meses. O Ministério da Saúde libera a aplicação da quarta dose para quem tem 40 anos ou mais, mas ainda não deu sinal verde para o público mais novo, a não ser em alguns casos, como os de imunossuprimidos e profissionais de saúde.
O Distrito Federal anunciou na última quinta-feira, 30, o início da aplicação da segunda dose de reforço para a população com mais de 35 anos a partir de 1º de julho. Já a prefeitura de Manaus autorizou na sexta-feira, 1º, a vacinação a 4ª dose para pessoas a partir dos 18 anos de idade. Aracaju também já vacina a população com mais de 35 anos, enquanto em Vitória, pessoas acima de 30 anos já são elegíveis para receber a dose de reforço.
Na cidade de São Paulo, a vacinação está disponível apenas para pessoas com mais de 40 anos, mas em Botucatu, a partir desta segunda-feira, a população com 29 ou mais, já pode receber a dose. Desde o ano passado, a cidade do interior paulista tem seguido um calendário mais adiantado do que os demais municípios do Estado por ter participado de um experimento de imunização em massa com a vacina Oxford/AstraZeneca. Para se vacinar, é preciso apresentar documento de identidade com foto e o cartão de vacinação.
O Ministério da Saúde não indica a aplicação do reforço do imunizante contra covid em pessoas que apresentem sintomas de síndromes respiratórias. “Idealmente a vacinação deve ser adiada até a recuperação clínica total, e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas”, recomenda a pasta.
A aplicação de doses de reforço é uma resposta aos estudos que demonstram que, ao longo do tempo, os níveis de anticorpos neutralizantes gerados pelas vacinas caem, sobretudo entre os idosos. Nos últimos dias, a média móvel de mortes pela covid-19 no Brasil ficou acima de 200 vítimas diárias, segundo dados das secretarias estaduais de saúde reunidos pelo consórcio de imprensa. (Por Estadão Conteúdo)