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Goiás - Estado
| Em 10 meses atrás

1ª Cúpula Internacional de Ética no Setor Público traz discussão sobre inteligência artificial

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Em uma parceria entre o Governo de Goiás e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o estado será palco de um debate de nível internacional sobre ética no setor público, trazendo para discussão, inclusive, a inteligência artificial. A 1ª Cúpula Internacional de Ética no Setor Público foi lançada na terça-feira (5), e será realizada entre os dias 20 e 22 de maio de 2024, no Centro Cultural Oscar Niemeyer.

A Cúpula trará para Goiás os temas Justiça, Política, Convivência, Educação, Mídia, Direitos Humanos, Bioética e Inteligência Artificial, que ganhou um destaque especial. Segundo o mentor do projeto, o professor e filósofo Clóvis de Barros, o evento fará diferença e o Brasil precisa disso. A opinião é compartilhada pelo secretário-geral de governo, Adriano Rocha Lima.

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“Goiás sedia, mas o debate é importante para todo o país, pois a ética está na essência do serviço público. […] Nós não podemos só seguir outros países, mas olhar para a nossa realidade”, disse.

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De acordo com Adriano, a ética espalha a essência do serviço público e essa será a primeira cúpula internacional de ética no setor público. “Ética é justamente essa arte da nossa convivência, é a nossa capacidade a partir do nosso discernimento, da nossa inteligência, de trabalhar o coletivo e a sociedade. Você discutir a ética no Âmbito do poder público é fundamental para entender que o nosso papel no poder público em todo o Brasil é atender a sociedade e o coletivo”, afirma.

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Sobre os temas que serão debatidos, a Justiça também tem seu destaque. “É um tema extremamente importante no seu sentido amplo, não só no sentido do judiciário, no sentido da justiça em si”, diz.

Inteligência Artificial

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Sobre a inteligência artificial, Adriano analisa que a nova ferramenta está mexendo com a relação dos seres humanos com as máquinas. “Há uma questão fundamental que precisa ser debatida: de onde são esses limites e como serão tratadas as consequências que serão inevitáveis. A perda de dois milhões de empregos nos Estados Unidos foi vista por conta de veículos autônomos. De alguma forma, isso tem que ser tratado e nós precisamos nos posicionar como seres humanos diferentes da inteligência artificial”, relata.

O secretário destaca que a inteligência artificial só existe por conta do desenvolvimento humano. “Nós temos que ter a capacidade de nos diferenciarmos dela e estarmos sempre à frente. Isso passa por um debate muito forte, em torno de políticas sociais, de geração de empregos, de educação, para formar as nossas pessoas naquilo onde a inteligência artificial nunca vai alcançar”, afirma.

Na oportunidade, o secretário também destacou o fato de o debate ser inédito no Brasil e de ser um tema de relevância internacional. “É um debate importante e destaco aqui o fato de ele ser inédito no país e ter atingido o mundo, pela primeira vez estão reunindo especialistas desse porte com a discussão”, diz.

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Maria Paula

Jornalista formada pela PUC-GO em 2022 e MBA em Marketing pela USP.