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Categorias: Leandro Mazzini
| Em 10 anos atrás

18 para 12

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A equipe da presidente Dilma Rousseff já tem o plano B para o recuo na MP que reforma o sistema trabalhista e mexe no Seguro Desemprego. Em vez de 18 meses (hoje são 6 meses), no mínimo, de trabalho com carteira para o(a) cidadão(a) requisitar o direito, a exigência do governo pode cair para 12 meses. Os números ainda assim são animadores para a equipe econômica do governo: mesmo com esta nova alteração, a União economizaria de imediato cerca de R$ 2 bilhões.

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Os estudos já estão na mesa da presidente Dilma – e abrangem também um plano C, para redução da exigência também para 10 meses. A palavra final será da presidente. A resposta pode sair em poucos dias, como uma blindagem ao governo. A pressão trabalhista veio forte. Hoje as centrais sindicais, em especial a CUT e a Força Sindical, promovem grande manifestação em Brasília. Negociavam ainda ontem se o alvo seria o Ministério do Trabalho ou o do Planejamento (curioso, para a porta do Palácio ninguém falou em ir).

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A despeito do cenário, o governo acerta sua blindagem em duas frentes. Bem orientada pelo marqueteiro João Santana, a presidente Dilma, que andava sumida e calada desde a posse, encontrou o termo certo para propalar sobre a mexida no Seguro Desemprego, o que causou maior alvoroço nas ruas: ‘medidas corretivas’ – o que de fato são – e não retirada de direitos trabalhistas. Na reunião ministerial ontem, na Granja do Torto, conclamou os 39 ministros a defender seu governo contra boatos.

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Em outra frente atua veladamente o ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), que tem procurado a direção das centrais para pedir cautela e abrir o diálogo, a fim de minorar o que pode ser um eventual estrago na imagem do governo as manifestações na Esplanada programadas para hoje. O provável e iminente anúncio do Planalto sobre o recuo nas mudanças do Seguro Desemprego podem ajudar no trabalho de Dias. 

Em tempo, nos planos B e C do governo, se o governo decidir reduzir de 18 para 12 ou 10 o período mínimo exigido de trabalho para acesso ao Seguro, haverá naturalmente um efeito cascata na proposta original. Por ela, para segunda solicitação do Seguro, o trabalhador deve trabalhar doze meses, e para a terceira, seis meses. Vale repetir, pelas regras atuais, seis meses de trabalho já garantem o benefício ao brasileiro.

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O recado de Dilma

Na reunião ministerial, a presidente Dilma disse que elencou como uma das prioridades junto ao Congresso este ano uma lei para fazer do caixa 2 um crime.

Em entrevista à TV Cultura em 2005, o então presidente Lula negou o Mensalão, mas admitiu caixa 2 no PT.

O então líder do PT na Câmara em 2014, José Guimarães (CE), em entrevista à REDEVIDA de TV em Brasília, disse que não acreditava no fim do caixa 2 mesmo com a reforma política.

O recado do ladrão

Deu no Blog do Rigon: bandidos levaram R$ 20 mil de um cofre de uma farmácia em Maringá (PR), e de quebra, telespectadores dos programas policiais das TVs locais, mandaram recado para os apresentadores: :Parem de meter a boca nos bandidos e falem mal da Dilma e dos prefeitos que roubam.

Este caso lembra outro, surreal, revelado pela Coluna no início do ano passado, ocorrido em Paraipaba, litoral do Ceará. Na madrugada de 29 de Outubro de 2013, um bando explodiu os caixas da única agência bancária, e acordou o povo.

Na colheita do que sobrou do dinheiro arremessado aos ares, os ladrões pouco pegaram e o restante do ‘trabalho’ foi feito por moradores eufóricos.

Dias depois, conta um amigo próximo dos investigadores, chegou à delegacia uma carta dos criminosos. Nela, eles disseram que não voltam mais: ‘Gastamos R$ 71 mil com o assalto e só recolhemos R$ 36 mil. Esse povo da cidade é muito ladrão!’.

A polícia fez uma varredura na cidade. Foram devolvidos por ‘moradores-assaltantes’ um computador e uma TV Led levados no entra e sai na agência do Bradesco.

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