07 de agosto de 2024
Consequências

Zika e Dengue podem ser agravadas por mudanças climáticas, aponta estudo

As mudanças no clima podem acarretar na proliferação dos mosquistos causadores de doenças, alerta levantamento de saúde da AdaptaBrasil
Mudanças climáticas podem interferir no ciclo reprodutivo dos agentes transmissores das doenças. Foto: Reprodução
Mudanças climáticas podem interferir no ciclo reprodutivo dos agentes transmissores das doenças. Foto: Reprodução

O levantamante da plataforma AdaptaBrasil, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou que doenças transmitidas por mosquitos podem ser agravadas pelas mudanças climáticas. Conforme o alerta, as alterações no clima podem levar à proliferação de vetores, como o mosquito Aedes aegypti e, em consequência, ao agravamento de arboviroses, como Dengue, Zika e Chikungunya.

O coordenador científico da plataforma, Jean Ometto, explicou que as alterações ambientais interferem no ciclo reprodutivo dos mosquitos vetores. “Uma temperatura maior, com uma precipitação maior, pode levar a uma maior proliferação de diferentes mosquitos, insetos que são transmissores dessas doenças, conhecidas como arboviroses”, detalha Ometto.

Nesse sentido, a pesquisa considerou as mudanças nas temperaturas mínimas e máximas, a umidade relativa do ar e a precipitação acumulada para associar a ocorrência dos mosquitos que transmitem as doenças analisadas. Conforme observado pelo coordenador científico, no verão a incidência destas doenças costuma ser mais alta. “Normalmente, a gente tem ocorrência maior de dengue e chikungunya no verão”, ressaltou Jean Ometto.

Ometto explica ainda que a ferramenta da AdaptaBrasil pretende ser relevantes para o planejamento territorial de ações setoriais, como saúde, considerando a mudança climática como algo que já está afetando a sociedade brasileira. A plataforma permite ver o risco de que isso possa acontecer.

Desta forma, a partir dos dados apresentados pela análise da plataforma, os gestores municipais podem identificar os indicadores que levam a um potencial agravamento da situação de ocorrência de determinada doença. Além disso, a sociedade civil pode se basear nos dados da plataforma para tomar decisões sobre ações, ou seja, tomar atitudes para reduzir o nível de risco.

Com informações da Agência Brasil


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