“Queremos o debate com foco no presente e no futuro”, afirma o vice-governador Zé Eliton durante entrevista sobre a expectativa em relação ao pleito de 2018. A defesa do legado “de grandes conquistas e transformações” do governador Marconi Perillo será destacado mas “os meus olhos estarão atentos no amanhã, para apresentar a Goiás soluções importantes para os problemas que vivenciamos no dia a dia, para que o estado continue a ser exemplo de políticas públicas bem-sucedidas e que influenciam outras unidades da federação”.
Zé Eliton disse esperar um debate “propositivo” durante a campanha, “que tenha como objetivo apontar aos goianos quais são os caminhos que cada um dos candidatos entende como fundamental para a solução dos problemas, dos desafios”, completou.
“Espero que os demais candidatos possam pautar sua atuação nos debates num processo construtivo”, observa. “Goiás e os goianos não merecem aqueles que acham que política se faz com gritos, com bravatas, com xingamentos; aquele tipo de política atrasada de 30, 40, 50 anos atrás”.
“Acho que política tem de ser de alto nível”, afirma. “É preciso entender que, numa campanha, somos adversários e não inimigos”, acentua Zé Eliton. “Eu só posso conceber que alguém se candidate para efetivamente prestar serviço; o que nós podemos talvez é divergir nos caminhos para se chegar aos objetivos que, penso, são universais”, avalia.
No caso do seu projeto para 2019-2022, Zé Eliton ressaltou que “já estamos criando um grupo de trabalho com pessoas especializadas em segurança pública, saúde, educação e todas as demais áreas fins da administração pública”, para a formulação da proposta. “Queremos apresentar o projeto no momento adequado à população de Goiás”, disse o vice-governador.
Zé Eliton afirma que foi na base do diálogo que o Tempo Novo construiu uma agenda positiva para o estado. “Nós sempre tivemos a tradição de debatermos profundamente os temas, mas sempre buscando consenso e não será diferente agora”, disse.
Segundo Zé Eliton, “estamos debatendo com várias lideranças de diversos partidos que são heterogêneos e que compõem a base muito ampla e muito sólida; e queremos manter essa agenda com esses partidos”, reforça.
Para ele, é positivo o fato de haver uma disputa muito clara por diversas posições na chapa majoritária para as eleições. “Parece-me que na oposição essa disputa inexiste. No nosso caso, temos homens e mulheres altamente qualificados e todos eles ocupariam com muita dignidade os cargos que são possíveis de serem disputados nas eleições de 2018”, declara.
Quanto ao atual modelo político e que ainda estará em vigor nas eleições do próximo ano, o vice-governador Zé Eliton afirma que esperava por mudança. “Acho que o Congresso Nacional não teve coragem de ir para o enfrentamento do debate conceitual das questões relativas à reforma política eleitoral”, disse. “Acho que esse modelo se exauriu por completo; é um modelo que gera grandes problemas para o financiamento de campanha e, consequentemente, para a gestão pública”, sustenta.
De acordo com Zé Eliton, “o que nós estamos vendo hoje na Lava Jato é fruto da distorção desse sistema”. Segundo defende, “é preciso que os legisladores tenham coragem de olhar não só para seus interesses individuais e partidários”. Conforme avaliou, “hoje temos um processo eleitoral que é fortemente impactado pelo poder econômico”.
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