22 de dezembro de 2024
Política • atualizado em 23/05/2020 às 11:20

Xingados em reunião ministerial, Doria, Witzel e prefeito de Manaus respondem Bolsonaro

João Doria. Foto: Governo de São Paulo
João Doria. Foto: Governo de São Paulo

Atacados pelo presidente Jair Bolsonaro em reunião ministerial do dia 22 de abril, como mostrou o vídeo que se tornou público na sexta-feira (22), os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), além do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), responderam os ataques.

Chamado de ‘bosta’ pelo presidente, Doria criticou os termos de baixo calão empregados durante toda a reunião. Ele ainda disse que o Brasil está ‘atônito’ com o que foi possível ver no vídeo e disse que Bolsonaro despreza a democracia.

“O Brasil está atônito com o nível da reunião ministerial. Palavrões, ofensas e ataques a governadores, prefeitos, parlamentares e ministros do Supremo, demonstram descaso com a democracia, desprezo pela nação e agressões à institucionalidade da Presidência da República.”

O governador fluminense, por sua vez, foi xingado de ‘estrume’ pelo presidente. Witzel, nas redes sociais, afirmou que o presidente mostrou “desapreço pela independência dos poderes”.

“A falta de respeito de Bolsonaro pelos poderes atinge a honra de todos. Sinto na pele seu desapreço pela independência dos poderes. E espero que num futuro breve o povo brasileiro entenda que, do que ele me chama, é essencialmente como ele [Bolsonaro] próprio se vê.”

Prefeito diz que vídeo é strip-tease moral

Na reunião, o presidente também chama o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, de “bosta” e reclama da abertura de covas coletivas na capital amazonense para enterro de vítimas da Covid-19. “Nós sabemos o … o que, a ideologia dele e o que ele prega. E que ele sempre foi. O que a … tá aproveitando agora, um clima desse, pra levar o terror no Brasil. Né?”, disse Bolsonaro.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Virgílio disse que “os insultos do presidente Bolsonaro, dirigidos a mim e a outros homens públicos, representam um verdadeiro ‘strip-tease moral’ feito por quem não tem a mais mínima condição de governar o Brasil”.

Ele ainda classificou a reunião ministerial como uma “conversa de malandros de esquina” e afirmou que Bolsonaro “quebra a liturgia do cargo”. No fim, o prefeito ainda se disse satisfeito de saber que o presidente não gostava dele.

“Não gosta de mim? Que bom. Sinal de que estou no lado certo da vida. Também não gosto da ditadura que já nos massacrou e que ele gostaria de reviver. Daqui a pouco mais de dois anos, o país estará livre de tão diminuta e mesquinha figura.”


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