Um jogo emocionante com casa cheio na Arena Neo Química com oito gols. Corinthians e Grêmio pelo Campeonato Brasileiro poderia render vários comentários a respeito da qualidade apresentada pelos times dentro das quatro linhas. Só que a repercussão do empate pelo placar de 4 a 4, acabou sendo outra.
Isso porque a arbitragem roubou a cena. Um pênalti claro a favor do Grêmio, nos minutos finais, não foi marcado pelo árbitro de campo, Wilton Pereira Sampaio. O goiano não viu irregularidade quando a bola tocou na mão de Yuri Alberto, do Corinthians, após o cruzamento de Ferreirinha do Grêmio.
Na cabine do VAR Emerson de Almeida Ferreira (MG) e os assistentes Johnny Barros de Oliveira (SC) e Michel Patrick Costa Guimarães (MG) analisaram o lance. A decisão dos profissionais foi de que o lance foi normal e que o pênalti não deveria ser marcado.
A Comissão de Arbitragem da CBF analisou o lance e viu erro da arbitragem. Pericles Bassols – que ocupa o cargo de gerente executivo do VAR na entidade se posicionou: “Aos 49 minutos da segunda etapa, o atleta número 9 da equipe de branco e preto (Yuri Alberto), em ação de bloqueio, com o braço em posição antinatural e aumentando seu espaço corporal, intercepta um cruzamento à área. O bloqueio da bola com o braço nesta ação caracteriza a infração de pênalti, portanto uma penalidade deveria ser marcada no campo de jogo. E quando não marcada, o VAR deveria recomendar revisão para tal ação”.
Além do puxão de orelha público, Wilton Pereira Sampaio e os demais profissionais, estão afastados das próximas escalas no Campeonato Brasileiro. Vão para chamada ‘geladeira’, que é o Programa de Assistência ao Desempenho do Árbitro (Pada) – onde serão submetidos a treinamentos teóricos e praticos.