22 de dezembro de 2024
CRISE NO SAMU

Wilson Pollara se afasta da secretaria de Saúde

Quesede Henrique, secretário executivo da pasta assume até que Pollara reverta ordem expedida pelo TCM no fim de semana; às 14h30 ele participará de sessão no Tribunal com essa intenção
Secretário informou que deixou cargo e que irá até TCM na tarde desta segunda - Foto: Jackson Rodrigues / Secom Goiânia
Secretário informou que deixou cargo e que irá até TCM na tarde desta segunda - Foto: Jackson Rodrigues / Secom Goiânia

O secretário municipal de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, informou nesta segunda-feira (1º) que se afastou do cargo. Pollara cumpre determinação expedida pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) no sábado (29). Às 14h30 ele vai ao tribunal tentar reverter a ordem de afastamento assinada pelo presidente do TCM, conselheiro Joaquim Alves de Castro Neto.

A medida está relacionada a suspeitas na contratação pela Secretaria de Saúde de uma empresa para trabalhar junto ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

A prefeitura pediu reconsideração da medida do TCM ainda no final de semana, mas fontes informaram ao Diário de Goiás que o pedido foi negado. De todo modo,  a cautelar será apreciada também pelo Pleno do Tribunal de Contas dos Municípios que foi convocado para as 14h30.

Hoje o secretário afastado teve encontro com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que veio para inauguração de serviços na Maternidade Célia Câmara.  Em entrevista coletiva no local do evento, Pollara disse que a determinação do TCM deve ser acatada.

Pollara se afastou do cargo

“Eu acato com respeito, né? Já estou afastado. O Doutor Quesede [Quesede Henrique, secretário executivo da pasta] já assumiu a secretaria e hoje eu estou aqui de audiência [público], não vou participar da mesa, e à tarde nós vamos tentar esclarecer a dificuldade, porque o grande problema é uma diferença de interpretação entre o tribunal e a área técnica da secretaria de se o SAMU tem relação com Dengue ou não. Então nós estamos demonstrando que durante o período de epidemia de dengue aumentaram os chamados do SAMU. Tem, sim, relação, porque nós temos casos de dengue hemorrágica, que o paciente chama ambulância em casa, de outras complicações, de insuficiência respiratória, então essa relação está bem clara diante número de casos. Agora, o tribunal acha que não, acha que emergência é uma coisa e combate a dengue é outra”, explicou.

Segundo Pollara, o próprio presidente informou que ele poderá comparecer para se defender.


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