O secretário municipal de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, informou nesta segunda-feira (1º) que se afastou do cargo. Pollara cumpre determinação expedida pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) no sábado (29). Às 14h30 ele vai ao tribunal tentar reverter a ordem de afastamento assinada pelo presidente do TCM, conselheiro Joaquim Alves de Castro Neto.
A medida está relacionada a suspeitas na contratação pela Secretaria de Saúde de uma empresa para trabalhar junto ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
A prefeitura pediu reconsideração da medida do TCM ainda no final de semana, mas fontes informaram ao Diário de Goiás que o pedido foi negado. De todo modo, a cautelar será apreciada também pelo Pleno do Tribunal de Contas dos Municípios que foi convocado para as 14h30.
Hoje o secretário afastado teve encontro com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que veio para inauguração de serviços na Maternidade Célia Câmara. Em entrevista coletiva no local do evento, Pollara disse que a determinação do TCM deve ser acatada.
Pollara se afastou do cargo
“Eu acato com respeito, né? Já estou afastado. O Doutor Quesede [Quesede Henrique, secretário executivo da pasta] já assumiu a secretaria e hoje eu estou aqui de audiência [público], não vou participar da mesa, e à tarde nós vamos tentar esclarecer a dificuldade, porque o grande problema é uma diferença de interpretação entre o tribunal e a área técnica da secretaria de se o SAMU tem relação com Dengue ou não. Então nós estamos demonstrando que durante o período de epidemia de dengue aumentaram os chamados do SAMU. Tem, sim, relação, porque nós temos casos de dengue hemorrágica, que o paciente chama ambulância em casa, de outras complicações, de insuficiência respiratória, então essa relação está bem clara diante número de casos. Agora, o tribunal acha que não, acha que emergência é uma coisa e combate a dengue é outra”, explicou.
Segundo Pollara, o próprio presidente informou que ele poderá comparecer para se defender.
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