O Wikileaks divulgou nesta terça-feira (7) documentos confidenciais que supostamente demonstram como a CIA (serviço secreto americano) fez uso de ferramentas para hackear telefones e outros equipamentos eletrônicos.
Segundo os documentos vazados, a CIA, em parceria com outras agências de inteligência dos EUA e de governos estrangeiros, desenvolveu um método para quebrar a criptografia de mensagens de aplicativos populares como WhatsApp, Telegram e Signal.
Um dos papéis revela um suposto programa desenvolvido por agências dos EUA e do Reino Unido que consegue transformar Smart TVs desligadas em pontos de escuta.
O porta-voz da CIA, Jonathan Liu, disse em comunicado que a agência “não comentará sobre a autenticidade e o conteúdo dos supostos documentos de inteligência”.
O ex-agente da NSA (Agência de Segurança Nacional americana) Edward Snowden disse no Twitter que as revelações do Wikileaks mostram que “qualquer hacker no mundo pode usar a brecha criada pela CIA para invadir qualquer iPhone no mundo”.
Snowden foi responsável pela revelação em 2013 de um megaprograma de espionagem do governo americano contra indivíduos e líderes estrangeiros.
Caso sejam confirmadas, as revelações do Wikileaks representarão um novo vazamento de informações confidenciais dos serviços de inteligência americanos. Nos últimos anos, a ONG chefiada por Julian Assange divulgou centenas de documentos.
No ano passado, o Wikileaks vazou e-mails de assessores da candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, prejudicando seu desempenho na eleição presidencial. Ela foi derrotada pelo republicano Donald Trump. (Folhapress)
Leia mais sobre: Mundo