27 de agosto de 2024
Política

Waldir diz que saída de Bolsonaro não “muda nada” no PSL e critica Aliança: “estão vendendo ouro dos tolos”

Foto: Agência Câmara
Foto: Agência Câmara

O presidente do PSL em Goiás, Delegado Waldir, afirmou, em entrevista ao Diário de Goiás, que a fundação do partido Aliança pelo Brasil, de Jair Bolsonaro, não afeta os planos pesselistas.

De acordo com o deputado federal, a intenção da sigla é se estabelecer não só no estado, mas em todo o país.

“Para nós não muda nada. Desde o ano passado estamos construindo o PSL. Já é o segundo partido com o maior número de diretórios do estado de Goiás.Vamos continuar nessa linha de montar diretórios nos 246 municípios”, disse. “Pós eleição municipal, devem sobrar quatro ou cinco grandes partidos. O PSL busca ser um deles”, completou.

Atualmente, o PSL tem 52 deputados e a segunda maior bancada da Câmara Federal. Muitos parlamentares, contudo, já externaram o desejo de acompanhar o presidente Jair Bolsonaro no Aliança pelo Brasil, assim que a legenda obter registro. Para Delegado Waldir, as eventuais mudanças seriam incorreriam em infidelidade partidária. O presidente estadual da sigla é duro e diz que o grupo bolsonarista está transmitindo ilusões.

“Eles estão vendendo ouro dos tolos. É impossível. Não há janela eleitoral. A não ser que eles queiram se desfiliar. Se eles assinarem a desfiliação, para mim é uma delícia, pois há vários suplentes aguardando essas vagas. O mandato não é do deputado federal, é do partido. Não adianta a gente querer enganar vereadores, deputados estaduais e federais chamando-os para um novo partido. Juridicamente, não existe essa possibilidade”, comentou.

Waldir também garantiu que o Aliança pelo Brasil não conseguirá levar recursos do fundo partidário pertencentes ao PSL, mesmo que consiga filiar parlamentares. “É impossível. Eles não terão recursos”, disse.

O deputado ainda ironizou o grupo bolsonarista. “Mas eles sabem fazer campanha sem recursos. Eles têm discurso pronto de que não precisam de recursos, de horário eleitoral, que fazem campanha pela internet. As eleições de 2022 estão perto. Ele (Jair Bolsonaro) vai poder eleger muitos deputados federais e ter um fundo partidário para controlar”, concluiu.

“Decisão boa”

Para Waldir, a saída da ala fiel ao presidente Jair Bolsonaro será boa para o PSL. O deputado federal crê que a sigla poderá agora enquadrar-se no espectro de direita moderada.

“A gente terá clareza no debate e nas propostas. Por isso, a decisão do presidente não cria qualquer problema para nós. É até uma decisão boa, pois separa uma extrema-direita da direita moderada. Somos moderados. Nós não queremos que volte AI-5, não queremos tomar o STF e não vamos atacar a OAB”, declarou.

Nas últimas semanas, alguns veículos de imprensa publicaram que PSL e Democratas avaliam uma fusão entre as siglas. Delegado Waldir afirmou que essas notícias não passam de boatos.

“É mera especulação. O que ganha o PSL nessa fusão com o DEM? Não existe uma razão para querermos nos fundir a outros partidos. Não existe esse diálogo”, asseverou.


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