Em mais um episódio da crise no PSL, o líder do partido na Câmara, Delegado Waldir, afirmou nesta sexta-feira (18) que o presidente Jair Bolsonaro, o governador Ronaldo Caiado (DEM) e o líder do governo na Casa, Major Vitor Hugo (PSL), atuam para derrubá-lo do comando do diretório do partido em Goiás.
“Há três meses o governador Ronaldo Caiado, do qual estou adversário político, junto com o Major Vitor Hugo, tentam me tirar da presidência do PSL [em Goiás]”, afirmou. “Pediram ao presidente da República, e o presidente da República determinou ao presidente [do PSL] Luciano Bivar. Mas isso não foi concretizado”, afirmou o deputado.
Waldir não poupou críticas ao presidente e diz que se sente traído. Mais uma vez, ele citou a tentativa do grupo da legenda que é aliado de Bolsonaro de colocar o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, na liderança da sigla na Câmara. Apesar disso, o parlamentar segue no posto, após votação dos deputados do partido.
Apesar de ter amenizado o discurso na noite desta quinta, Waldir voltou ao ataque nesta sexta e disse que não retira as afirmações que fez.
“Eu fui traído. O presidente pessoalmente está interferindo para me tirar da liderança. Isso não é traição? Se eu sou fiel a ele desde 2011, isso é mentira. Se ele, pessoalmente, junto com o líder do governo, Vitor Hugo, e o senador Ronaldo Caiado trabalham para me derrubar diretório de Goiás, e assim está fazendo com outros parlamentares do país todo, isso não é traição, isso não é vagabundagem? “, questionou.
“Então eu não retiro nada do que eu falei, eu simplesmente baixei o ritmo porque foi um debate interno, mas os fatos são verdadeiros. A minha indignação de traição ela permanece”, disse ainda o parlamentar goiano.
Muito irritado, Delegado Waldir reclamou que jamais foi convidado pelo presidente para discutir pautas do governo. “Quantas vezes você acha, que como líder do PSL, eu fui chamado no Planalto para discutir as pautas do governo com o presidente da República? Nenhuma vez. Nenhuma vez. Nunca. Eu não criei essa crise”, criticou.
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