Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o governador Marconi Perillo, que acaba de ser eleito primeiro vice-presidente do PSDB, afirma que trabalhará pela unidade interna do partido e que as divergências entre os grupos dos cabeças-brancas e cabeças-pretas é página virada. “A partir de agora, vou trabalhar para colaborar no sentido de a gente garantir a unidade, e que teses que merecem ser discutidas possam receber apoio da liderança do partido”. Marconi diz também que, no próximo ano, viajará pelo País para fortalecer candidaturas tucanas, principalmente a presidencial.
O governador elogiou o comportamento conciliador do postulante do PSDB ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin. “Creio que candidaturas que polarizam pelo radicalismo tendem a derreter. A gente precisa de paz, concórdia e convergências para tirar o País da crise. Alckmin não é um político qualquer, venceu inúmeras eleições. É um líder. Sua forma respeitosa é um atributo e ele saberá dar o tom mais duro quando for necessário, e todos nós também vamos dar as nossas opiniões e enfrentar o debate quando for necessário”.
Marconi afirmou que a escolha de Alckmin para presidir a Executiva nacional faz com que o partido se volte agora para formação de uma ampla aliança para 2018. O governador de São Paulo está conversando com o PMDB, PSD, PP, PTB, PP e PR. “Sendo demandado buscarei tratar o mais ampliado leque de apoios e uma boa composição para que a gente possa ter um projeto vitorioso. Claro, ancorado em princípios e valores éticos. Vamos procurar estabelecer uma boa aliança, pelo menos é o desejo que tenho. Não sei qual o pensamento do governador Geraldo, e o dele é que vai ser levado em consideração. Mas se depender de mim, vamos procurar todos os players do campo democrático”.
Ainda na entrevista, o governador de Goiás defendeu que o PSDB feche questão em favor do projeto da reforma da Previdência, o que implicaria numa declaração de apoio formal dos tucanos à proposta. Deputado que vota contra, apesar do fechamento de questão, pode ser punido. “Eu sou radicalmente favorável às reformas. Defendo que o PSDB feche questão na reforma da Previdência, que é vital para o país e para os Estados, sob pena de quebrá-los”.
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