Depois de mais de um ano realizadas, as eleições para a assembleia legislativa de Berlim, capital da Alemanha, que aconteceram em setembro de 2021, foram anuladas. Vale lembrar, porém, que se tratam de eleições regionais e locais, não envolvem o país inteiro, e que o voto é impresso. É preciso deixar claro, pois, na internet, assunto já viralizou e é usado por manifestantes antidemocráticos, que não concordaram com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL), como justificativa para anular pleito no Brasil.
De acordo com informações da AFP, Agência de Notícias, o Tribunal Constitucional da cidade-estado afirmou nesta quarta-feira (16) que a anulação ocorreu após o registro de várias falhas. Essa situação rara e, praticamente, inédita levará à realização de novas eleições.
Da mesma forma, no Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou, em tempo real, problemas que houveram com urnas no primeiro e segundo turno e garantiram que não houve adversidades que comprometessem lisura do resultado, que elegeu o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro.
Ainda em relação às eleições de Berlim, a juíza-presidente Ludgera Selting, afirmou que “graves erros sistêmicos” foram identificados na preparação da votação. Um destes erros, foi uma maratona internacional foi realizada na capital alemã que resultou no houve cortes em várias ruas da cidade. Neste sentido, as autoridades não se prepararam suficientemente para o cenário, gerando um caos.
Com isso isso, algumas assembleias de voto não receberam boletins suficientes para todos os eleitores presentes, outras receberam mesmo boletins referentes a outros círculos, levando a um grande número de votos nulos. A reportagem procurou pela quantidade exata das pessoas envolvidas, prejudicadas ou aptas a votar na região, porém dado não foi divulgado.
Agora, novas eleições, com os mesmos candidatos, serão preparadas nos próximos 90 dias, podendo acontecer em algum dia de fevereiro. Atualmente, Berlim é comandada pela ex-ministra Franziska Giffey, que está à frente de uma coalizão formada por ambientalistas e extremistas de esquerda, segundo a AFP.