Segundo lugar na disputa pela prefeitura do Rio, o candidato Marcelo Freixo (PSOL) disse que sua vitória sobre Pedro Paulo (PMDB) foi a “resposta a um partido golpista”.”Derrotamos o PMDB em homenagem à democracia brasileira. É a resposta a um partido golpista”, afirmou, em discurso nos Arcos da Lapa, na região central do Rio, seguido de gritos de “Fora, Temer”.
Freixo disse que espera o apoio dos candidatos derrotados Jandira Feghali (PCdoB) e Alessandro Molon (Rede) para derrotar Marcelo Crivella (PRB) no segundo turno.”A Jandira já declarou apoio e isso é muito importante para nós. Tenho certeza que o Molon vai nos apoiar também. Agora não tem jeito: ou apoia o Crivella ou apoia o Freixo e os programas são muito diferentes”, afirmou, negando possibilidade de apoio do PMDB.
Questionado sobre o apoio de entidades religiosas, disse que conversa com todos, mas é “perigoso que as religiões queiram controlar o estado”.Crivella, seu adversário no segundo turno, é pastor da Igreja Universal do Reino de Deus.”Nesse momento, é muito importante reafirmar o estado laico. Muito importante mostrar que o estado é uma coisa é que as religiões são outra. As religiões são muito importantes, tem o seu papel na democracia, mas acho muito perigoso que estejam dentro do estado, que possa controlar o estado”.
Freixo chegou ao local por volta das 19h, quando 89,42% dos votos já haviam sido apurados -no momento, ele tinha 18,56% dos votos válidos e Pedro Paulo, o terceiro colocado, 15,97%.Ele subiu num palco próximo aos Arcos e pediu paciência aos presentes, dizendo que só falaria quando a apuração fosse concluída. Com 99% dos votos apurados, começou a discursar.
Em entrevista após o evento, afirmou que o segundo turno cria uma condição melhor para debater os dois programas para a cidade.”Agora a gente está em pé de igualdade. Eu saio de 11 segundos para 10 minutos de televisão e isso é importante para que a gente possa fazer o debate”, disse.(Folhapress)
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