13 de dezembro de 2025
Autorização anulada

Visita de Caiado à Bolsonaro é cancelada após prisão preventiva, por decisão do STF

O ministro Alexandre de Moraes determinou o cancelamento de todas as visitas que estavam autorizadas ao ex-presidente
Foto: Reprodução
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A prisão preventiva de Jair messias Bolsonaro, executada na manhã deste sábado (22), resultou no cancelamento das visitas autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-presidente. Uma delas seria do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

O gestor goiano visitaria Bolsonaro no dia 9 de dezembro. No entanto, a decisão que converteu a prisão domiciliar do ex-presidente em preventiva, proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, determinou “o cancelamento de todas as autorizações de visitas deferidas ao réu”.

Além de Caiado, Moraes tinha autorizado as visitas dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Claudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, e outras autoridades. Segundo o governador goiano, o encontro não teria caráter eleitoral, mas sim “humanitário e político-institucional”.

Em entrevista, conforme já informado pelo Diário de Goiás, Caiado fez questão de frisar que não busca apoio para sua pré-candidatura à Presidência em 2026, negando especulações de que a reaproximação com o ex-presidente faria parte de sua estratégia eleitoral. No ofício enviado ao STF, o governador afirmou não ter “intuito de interferir na execução da prisão domiciliar” nem de tratar de questões judiciais relacionadas ao processo.

Prisão de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi preso de forma preventiva, na manhã deste sábado (22), em Brasília, a pedido da Polícia Federal (PF). A prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após o filho do político, Flávio Bolsonaro, convocar vigília em frente à casa do pai, que cumpria prisão domiciliar, na noite desta sexta-feira (21).

Trata-se de uma medida cautelar, para a garantia da ordem pública, solicitada ao Supremo Tribunal Federal (STF), em função de “risco de fuga”, conforme mencionou Alexandre Moraes, na decisão. Segundo o ministro, a convocação de da vigília em frente ao condomínio do ex-presidente “indica a possível tentativa de utilização de apoiadores” de Bolsonaro para “obstruir a fiscalização das medidas cautelares e da prisão domiciliar” da qual o ex-presidente era alvo, algo semelhante à trama golpista, na qual Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.

O ministro disse que o ex-presidente tentou romper a tornozeleira eletrônica para “garantir êxito em sua fuga” e salientou que, embora o ato tenha sido apresentado como uma vigília pela saúde de Bolsonaro, “a conduta indica a repetição do modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu”, com o uso de manifestações para obter “vantagens pessoais” e “causar tumulto”.

Ele permanecerá em uma chamada “Sala de Estado”. O espaço, voltado a autoridades, é situado no piso térreo do prédio, e estava reservado para o ex-presidente desde agosto deste ano. Segundo a CNN, a sala conta com um banheiro reservado, cama, uma mesa de trabalho, cadeira, janela, ar-condicionado e frigobar.


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