O prefeito Rogério Cruz nomeou, cumulativa e interinamente, o secretário municipal de Finanças (Sefin), Vinicius Henrique, como titular da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) de Goiânia. A nomeação foi formalizada na edição desta segunda-feira (20) do Diário Oficial do Município (DOM).
Na mesma edição, consta também a exoneração, a pedido, de Horácio Mello e a concessão de três meses de licença-prêmio por assiduidade para usufruto no período de 20 de março a 19 de junho de 2023. Mello é servidor concursado da Prefeitura de Goiânia, e ocupa o cargo de auditor fiscal de posturas.
Na última quinta-feira (15), ao Diário de Goiás, Horácio Mello disse que precisou deixar a pasta por problema exclusivo de saúde.
De acordo com o secretario ele vai passar por uma cirurgia no joelho nos próximos dias. E além disso, Horácio disse que precisa tratar também de um problema de gastrite.
“Sou grato ao prefeito Rogério Cruz e a prefeitura. Mas já estava desgastado e tudo tem validade”, afirma o secretário.
Impasse
Horácio Mello deixa a SMM de Goiânia em meio a um convênio entre a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e o Detran para fiscalizar o trânsito de Goiânia.
À nossa reportagem, Horácio garantiu que isso não foi motivo para deixar a pasta. “Não estou saindo por isso”, ressaltou.
Pelos bastidores, há também a informação de que a licitação de radares eletrônicos suspensa pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), por suspeita de irregularidades, incomodava Horácio.
Avaliada em R$ 289,2 milhões, a licitação estava prevista para ser aberta no último dia 22 de fevereiro. Mas uma medida cautelar do TCM determinou a interrupção do certame. O edital previa aumento de 26% no número de pontos fiscalizados no trânsito de Goiânia. Ao todo, são 862 equipamentos, entre radares, sistema de videomonitoramento e Centro de Controle Operacional.
Inclusive, por meio de um comunicado, a empresa Eliseu Kopp & Cia LTDA, que gerencia o controle de sinais de Goiânia, ameaça suspender os serviços de radares eletrônicos na capital, após 9 meses de atraso de pagamentos.
Além disso, a empresa alega que, por questões procrastinatórias por parte da Administração, embora já existam valores empenhados, há também o inadimplemento de expressivos valores referentes ao período incialmente contratado, que embora sejam de direito da empresa, sequer foram concedidos.
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