11 de agosto de 2024
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Vídeo: Em meio a tumulto, Paulo Garcia lança obras do corredor T-7

Era para ser uma festa. Mas não foi. A intenção das lideranças da prefeitura de Goiânia era de lançar o corredor preferencial de transporte coletivo T-7. A solenidade foi marcada para a Praça da Feira na Vila União. Comerciantes e moradores da região foram ao local e reclamaram para o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), que não foram consultados na elaboração do projeto.

 

 

 

Acompanhe em vídeo a solenidade 

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Protesto

Pouco depois das 7 horas desta segunda-feira (23), funcionários da prefeitura montavam a estrutura para que a solenidade fosse realizada. Aos poucos comerciantes chegavam até o lugar e começavam a se concentrar.

O prefeito chegou ao local por volta das 08h30min. Secretários da gestão municipal já o aguardavam. No momento em que Paulo Garcia se dirigia para conceder uma entrevista coletiva, alguns comerciantes e moradores começaram a reclamar.

A alegação para o protesto é de que o comércio pode ser afetado negativamente com a intervenção na Avenida dos Alpes. O prefeito alega que o trajeto foi elaborado por técnicas.

Os lojistas temem por uma queda nas vendas. Estacionamento e parada de veículos particulares do lado direito não serão mais permitidos. As intervenções devem ser iniciadas na próxima semana.

Eles gritavam que não foram consultados pela prefeitura. Que apenas foram chamados para ver o projeto já concluído.

Paulo Garcia tentava dar explicações sobre o início das obras. Atrás dele e dos profissionais de imprensa estavam os comerciantes e moradores, cercados por um grupo de guardas civis metropolitanos.

“A nossa resposta é essa: investimentos. Existem aqueles que preferem o atendimento dos seus desejos individuais do que da coletividade, afirma.

Foi sugerido pelos moradores que o corredor seja construído na Avenida Itália. No entender deles, seria mais adequada do que na Avenida dos Alpes.

Alguns moradores ficaram próximos ao prefeito. Paulo Garcia avalia que toda a manifestação é legítima, desde que não tenha vandalismo.

“O bairro é antigo. Esse corredor vai quebrar os comércios. Não há lugar disponível nas vias laterais para os clientes estacionarem”, reclama Omar Borges.

O cerimonial se apressou para apenas cumprir a formalidade do evento. A solenidade durou menos de 5 minutos. Não houve festa. O prefeito teve dificuldades para entrar no carro e sair do local. Moradores o cercaram. Não houve violência. Porém, a pressão foi grande. Paulo Garcia deixou o lugar com gritos de “vergonha, vergonha”.

O projeto

 O corredor T-7 foi orçado em pouco mais de R$ 30 milhões de reais. A previsão para conclusão da obra é um período de 12 meses. Serão feitas de forma gradativa.

A primeira etapa será a implantação de ciclovia na Avenida dos Alpes, no Setor Vila União. Logo em seguida, serão realizadas obras de drenagem em outro ponto do corredor. Em seguida, intervenções na região central de Goiânia, na Rua Dona Gercina Borges e assim por diante.

De acordo com o prefeito Paulo Garcia, não haverá paralisação das obras, já que os recursos estão garantidos, através de repasse do governo federal. São oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Pacto pela Mobilidade.

De acordo com o coordenador dos corredores preferenciais da CMTC, Sávio Afonso a obra irá beneficiar 103 mil pessoas que usam o transporte coletivo e passam pelo corredor T-7. A prefeitura espera que a obra faça a integração de 11 bairros .

“Quanto menor for o tempo que a pessoa gasta, maior a qualidade do transporte que utilizar melhor para a população. Natural que existam resistências”, destaca Paulo Garcia.

Em todo o trecho do corredor, entre a Rua Dona Gercina Borges, no centro de Goiânia, até a Avenida Alpes, a prefeitura pretende recapear o asfalto, instalar 38 câmeras de monitoramento e pelo menos 12 radares de fiscalização eletrônica.

O corredor T-7 será semelhante aos já implantados Universitário, T-63 e 85, mas será o maior deles.

Outra intervenção indicada pela prefeitura é a requalificação das calçadas. A intenção é que facilite o acesso de portadores de necessidades especiais.

Ao Diário de Goiás, Sávio Afonso explicou que árvores serão retiradas. “Para cada árvore retirada, nós plantaremos 10 para substituir”, afirma. A empresa responsável pela obra é a A Jofege Pavimentação e Construção.


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