Com 28 votos, Andrey Azeredo foi eleito presidente da Câmara Municipal de Goiânia para o biênio 2017-2018. Além de dirigir o Poder Legislativo da capital, o peemedebista também tem a missão de substituir Iris Rezende no cargo de prefeito, caso haja alguma necessidade. Quatro vereadores se abstiveram da votação e outros três se manifestaram contra.
“A questão de ser vice é eventual. Nós temos um prefeito que foi empossado, já é prefeito, Iris Rezende se por ventura em algum momento for fazer alguma viagem, ou algo neste sentido, se cumprirá o que está na legislação, mas de forma pontual e transitória. Sou o vereador presidente do Poder Legislativo”, afirmou Andrey Azeredo.
{source}
<iframe src=”https://www.facebook.com/plugins/video.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2FDiariodeGoias%2Fvideos%2F1214122088681078%2F&show_text=1&width=400″ width=”720″ height=”480″ style=”border:none;overflow:hidden” scrolling=”no” frameborder=”0″ allowTransparency=”true”></iframe>
{/source}
Para o cargo de 1º vice-presidente foi escolhido Vinicius Cirqueira (PROS), 2º vice-presidente: Rogério Cruz (PRB), 1º secretário: Zander Fábio (PEN), 2º secretário: Juarez Lopes (PRTB), 3º secretário: Léia Klébia (PSC) e 4º secretário: Jair Diamantino (PSDC).
“Foi fruto de muito diálogo, de muita conversa. De ouvir bastante e entender que temos que dar uma resposta as urnas. Aqui não se busca a disputa de novatos e veteranos, mas se a conciliação entre os que estavam na Casa e os que chegam pela primeira vez”, afirmou.
Articulações
Desde que acabaram as eleições em outubro, vereadores já iniciaram as articulações. Aos poucos foi se formando um bloco de parlamentares novatos. Ao final de novembro haviam dois grupos, um com oito outro com cinco integrantes, todos eleitos pela primeira vez.
No dia 16 de dezembro, data da diplomação, eram 13 novatos num único bloco. A época Milton Mercêz (PRP) tentava articular junto a lideranças políticas ligadas aos novatos. Havia ainda um terceiro grupo, cujo candidato era Welington Peixoto (PMDB).
A medida que os dias foram se passando outros novatos iam sendo agregados ao grupo. Na última quinta-feira (29), Andrey Azeredo foi aceito e os parlamentares novatos passaram a ter maioria. Os grupos de Welington e Milton iam perdendo força. Mesmo com poucas chances, até o final os dois parlamentares de alguma forma tentavam se viabilizar para uma disputa.
A dificuldade do grupo dos novatos era de evitar uma debandada, manter a articulação. Horas antes da eleição da Mesa Diretora, o grande problema era como fazer a distribuição dos espaços na direção do legislativo e nas principais comissões da Câmara Municipal, principalmente a de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).
Reuniões
A sessão de eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Goiânia foi presidida pelo vereador Jorge Kajuru (PRP), o parlamentar suspendeu a sessão por algumas oportunidades até que ocorresse a confirmação da chapa. Momentos antecedentes a votação várias reuniões ocorriam.
O grupo encabeçado pelos novatos estava com 24 votos. Alguns parlamentares por pouco não saíram para agregar a outros grupos. Em um determinado momento, passaram ter o apoio de apenas 18 vereadores. Mesmo assim, ainda possuíam maioria.
“A eleição do Andrey é uma esperança que as coisas vão ser levadas de uma forma mais séria. Pela primeira vez na história da Câmara Municipal de Goiânia, foi uma eleição que não teve cativeiro, não teve ônibus. Não tivemos influência do setor imobiliário. Nós vamos priorizar a cidade. A prova é o apoio de vários partidos”, destacou o vereador Lucas Kitão (PSL).
Membros ligados ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende, como o ex-vice prefeito, Agenor Mariano e Samuel Almeida, cogitado para assumir algum cargo estiveram presentes ajudando nas articulações. Do lado do grupo de Welington estava o irmão, deputado estadual Bruno Peixoto, presidente do PMDB Metropolitano. Havia ainda na Câmara uma série de presidentes de partidos como Lucas Calil, deputado estadual e presidente do PSL, Rodrigo Melo presidente estadual do PROS, entre outros.
Sem sucesso nas articulações o grupo de Welington, Rogério Cruz, Alysson Lima, Zander Fábio, Felizberto Tavares, Tatiana Lemos passou a tentar com mais ênfase espaços na Mesa Diretora. O grupo se reuniu no gabinete de Rogério Cruz, saiu em bloco para a sala onde o grupo de novatos estava reunido. Ao Diário de Goiás, parlamentares confirmaram a informação de que naquele instante a dificuldade era relativa a distribuição de espaços.
Com os dois grupos reunidos, agentes políticos dos vereadores entravam e saíam buscando informações. Em um determinado momento ouviu-se uma voz de dentro da sala que dizia: “Quem entrou entrou, quem não entrou não vem mais”. Cerca de 20 minutos depois desta fala, a chapa saiu com apoio de 22 parlamentares, entre a sala das comissões e o plenário, ganharam o apoio de 24, depois na votação, veio o apoio de mais 4 vereadores, chegando a 28 votos favoráveis.
Espaços na Mesa
Os novatos dominaram os principais espaços na Mesa Diretora da Câmara. Os veteranos só tiveram duas vagas. Zander Fábio e Rogério Cruz que já estavam na Mesa presidida por Anselmo Pereira (PSDB) nos últimos dois anos conseguiram ocupar os cargos de 1º secretário e 2º vice-presidente, respectivamente.
“É querer fazer parte da composição onde todos dizem que terá uma inovação. Tudo que é inovado é bom. Novos pensamentos, novos projetos, nova cabeça. Vou participar mais uma vez da Mesa Diretora. Essas composições não são fáceis, muitas conversas, diálogos. Fizemos uma composição que agradece a todos”, explicou o vereador Rogério Cruz.
Oposição
Muitas foram as reclamações de oposicionistas durante o processo. Houve acusação de que integrantes do Mercado Imobiliário estariam por trás das articulações dos novatos. O presidente Andrey Azeredo argumentou que não.
“Eu não explico, eu desconheço qualquer influência a não ser da participação dos vereadores”, afirmou o presidente.
A oposição também questionou sobre espaços nas comissões da Câmara Municipal. Elias Vaz (PSB) reclamou que se a proporcionalidade não fosse respeitada, iria a justiça. Ao declarar voto ele prometeu fazer oposição ao prefeito Iris Rezende, e a Mesa Diretora presidida por Andrey Azeredo.
“Isso é natural. Não sou só eu. É uma decisão conjunta. Isso é regimental e assim será feito”, destacou o presidente.
CHAPA VENCEDORA:
Presidente – Andrey Azeredo (PMDB)
Primeiro vice – Vinicius CIrqueira (PROS)
Segundo vice – Rogério Cruz (PRB)
Primeiro secretário – Zander Fabio (PEN)
Segundo secretário – Juarez Lopes (PRTB)
Terceira secretária: Léia Klebia (PSC)
Quarto secretário – Jair Diamantino (PSDC)
VOTOS FAVORÁVEIS:
Alysson Lima ( PRB), Ander Sales Bokão ( PSDC), Andrey Azeredo ( PMDB), Anselmo Pereira (PSDB), Carlin Café ( PPS), Clécio Alves ( PMDB), Delegado Eduardo do Prado ( PV), Dr. Paulo Daher ( DEM), Emilson Pereira ( PTN), Felisberto Tavares ( PR), Romário Policarpo ( PTC), Gustavo Cruvinel ( PV), Izídio Alves ( PR), Jair Diamantino ( PSDC), Juarez Lopes PRTB), Kleybe Morais ( PSDC), Léia Klébia ( PSC), Lucas Kitão ( PSL), Oséias Varão ( PSB), Paulinho Graus ( PDT), Rogério Cruz ( PRB) , Sabrina Garcêz ( PMB), Sargento Novandir ( PTN), Tatiana Lemos ( PC do B), Tiãozinho Porto ( PROS), Vinícius Cirqueira ( PROS), Welington Peixoto ( PMDB) e Zander Fábio( PEN).
VOTOS CONTRÁRIOS:
Cristina Lopes ( PSDB), Elias Vaz ( PSB) e Priscilla Tejota ( PSD).
ABSTENÇÕES:
Jorge Kajuru, Cabo Senna ( PRP) e Milton Mercêz ( PRP)
Leia mais sobre: Política
