10 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 09:37

Vereadores reclamam de descaso da Prefeitura de Goiânia na região da 44

Recente protesto que ocorreu na região da 44 (Foto: Samuel Straioto)
Recente protesto que ocorreu na região da 44 (Foto: Samuel Straioto)

A reclamação da falta de presença da Prefeitura de Goiânia na região da Rua 44 tem sido constante. O Diário de Goiás recentemente apresentou reportagens com protestos de comerciantes e mototaxistas que cobraram fiscalização por parte do Município para ordenar melhor a região, em diferentes áreas como comércio, trânsito e segurança. Vereadores reclamaram da Prefeitura e não foram apenas oposicionistas, mas da própria base do prefeito Iris.

A reportagem identificou que várias regulamentações não estão sendo cumpridas. Feira Hippie está começando a ser montada na madrugada de quinta para sexta. A feira da madrugada está funcionando na Rua 44. Há várias pessoas em situação de rua e não há trabalho da Assistência Social em Goiânia. Ainda não foi definido o substituto de Márcia Carvalho à frente da pasta.

Parlamentares fizeram reclamações direcionadas ao Executivo em relação a este assunto. O vereador Paulo Magalhães (PSD), disse que no período da campanha eleitoral levou o prefeito Iris Rezende na Rua 44 e foi destacado que haveria melhores condições de trabalho para comerciantes da região, segundo ele o que não ocorreu.

“Nós fizemos questão de levar o prefeito Iris. Fizemos uma feira específica na madrugada. O prefeito fez um compromisso para revitalizar o local. Colocar banheiros, já que os químicos estão um nojo, trocar iluminação. Lojistas colocaram fogo em pneus. Fiscalização não há. Temos cobrado do prefeito compromissos de campanha.

A vereadora Priscilla Tejota (PSD) explicou a reportagem do Diário de Goiás que ela esteve com alguns representantes da Rua 44. Ela disse que o poder público não tem dado a devida atenção em relação a este assunto. A parlamentar teme por um conflito mais intenso na região da 44, entre comerciantes, ambulantes, lojistas e feirantes.

“A Rua 44 está completamente abandonada pelo prefeito. Os comerciantes estão protestando. Os vereadores sargento Novandir, Romário Policarpo e eu encaminhamos ao prefeito ofícios solicitando que os comerciantes fossem recebidos e ele nos respondeu que não vai responder, somente os lojistas, somente os donos de galerias. Há a falta da SMT, da Guarda Civil, hoje falta a presença da vigilância sanitária, há fabricação de comida sem fiscalização, virou uma terra sem lei.

A Prefeitura de Goiânia se manifestou por meio de nota e informou que “ está buscando soluções para mediar o conflito”

Veja a nota na íntegra

A secretaria municipal de A Prefeitura de Goiânia está buscando soluções para mediar o conflito entre lojistas e vendedores ambulantes, agravado pela crise econômica brasileira.

Para solução imediata, está em andamento um convênio com a Política Militar de Goiás para dar segurança aos lojistas, ambulantes e aos fiscais da Secretaria de Planejamento e Habitação.

Para solução definitiva, a Sedetec está ultimando um projeto de revitalização das áreas comerciais de Goiânia que envolvem, além da Rua 44, as avenidas 24 de Outubro e Bernardo Sayão.

A Associação dos Lojistas da Rua 44 também por meio de nota se manifestou e destacou que lamenta manifestações aleatórias e atos de vandalismo.

Veja a nota íntegra

Apesar de reconhecer a eminente necessidade de intervenção do poder público para restabelecer a ordem social, jurídica e urbanística na Região da 44 em Goiânia, a Associação Empresarial da Região da 44 (AER44) vem a público informar que não compactua com a realização de manifestações aleatórias e feitas com atos de vandalismo, como uso de rojões, fechamento de ruas e queima de pneus e lixo na rua, o que ocasiona grande risco já que no local funciona feiras livres e um comércio forte de confecção, ou seja, uma área de grande potencial inflamável.

Tais ações, além de colocar em risco as pessoas que trabalham e passam pela região da 44, afugentam os nossos turistas de compras que são justamente os que menos devem ser penalizados pela ingerência do poder público.

As últimas manifestações realizadas semana passada e hoje, apesar da motivação justa, foram encabeçadas por pessoa que não representa, de fato, os mais de 12 mil lojistas da Região, e que não tem ou sequer teve algum dia loja em qualquer shopping ou galeria do Pólo da 44.

Em entrevista a veículos de imprensa, tal pessoa tem se identificando como suposto porta-voz de uma Associação de Lojistas que não existe, como apurou a Diretoria Jurídica da AER44 junto aos dois cartórios de protestos, registros de documentos e pessoas jurídicas de Goiânia. Em breve a AER44 terá em mãos as certidões negativas que comprovam tal informação.

Os donos dos empreendimentos na Região da 44 reforçam, por meio da AER44, a sua parceria com os lojistas no enfrentamento desse grave problema da falta de fiscalização e de outros que afligem esse importante pólo comercial, gerador 150 mil empregos diretos, que atrai por mês mais 700 mil turistas de compras e movimenta mensalmente R$ 570 milhões.

Vale lembrar que os empreendedores da Região da 44 foram os primeiros a alertar para o problema da falta de fiscalização, isso há muitos anos, quando o pólo de moda e confecção começava a se destacar como um dos maiores do Brasil. Com a criação oficial da AER44 há um ano, a Associação passou a ser desde então o principal representante dos interesses da Região da 44, mantendo diálogo constante com a Prefeitura e seus órgãos afins, o governo do Estado, Polícia Militar, a Guarda Municipal, Câmara e outros.

Por fim a AER44 reforça seu compromisso de promover Goiânia como um importante pólo de confecção e moda do Brasil, uma área estratégica e fomentadora do desenvolvimento econômico e social na Capital e no Estado. Mas todo esse trabalho precisa ser feito estritamente dentro da lei, de forma justiça e com o poder público intervindo para garantir a concorrência equilibrada e saudável no comércio popular.


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