Vereadores que fazem parte da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que vai investigar a gestão do contrato com a Limpa Gyn destacaram na primeira reunião de trabalho (a anterior foi para eleição da coordenação), que eles não eram respondidos nos requerimentos que enviavam para a empresa esclarecer sobre seus serviços.
Foi uma resposta às afirmações do diretor-executivo do Consórcio, Renan Andrade, que, em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás na quarta-feira (3), disse que a CEI era desnecessária e que “nunca tinha sido demandado pelos parlamentares com pedidos de informações”.
Foi o contrário, diz relator da CEI
“Muito pelo contrário, foram pouquíssimos os retornos [aos requerimentos enviados para a Limpa Gyn]. E esses retornos foram com informações muito insipientes, razão pela qual surgiu a CEI. Há fatos que nos dão certeza de que existem irregularidades”, afirmou o relator da comissão, vereador William Veloso (PL)
É mesma crítica da vereadora Aava Santiago (PSDB), vice-presidente da Comissão. Segundo ela, requerimento apresentado em abril no Plenário da Câmara Municipal até hoje está sem resposta.
“O principal deles [dos requerimentos] é em relação à varrição mecanizada”, afirmou. A parlamentar queria esclarecer se o que foi contratado está realmente sendo executado.
Resposta de abril pode vir na CEI, ironiza vereadora
“A empresa poderia ter me dado explicações sobre isso em abril, quando eu pedi. Como as explicações não chegaram, trouxe os requerimentos para a CEI”, alfinetou. Aava também se mostrou irritada com as afirmações do diretor. “Não dá para a empresa vir a público dizer que prestou todos os esclarecimentos para a Câmara, quando [só] eu, uma dos 37 vereadores, tenho uma série de requerimentos não respondidos, imagino os outros”.
Presidente da CEI diz que foram definidos vários pedidos
O presidente da CEI, vereador Welton Lemos (Solidariedade) explicou que nesta terça a comissão definiu pelo envio de vários requerimentos sobre contrato, formato de prestação do serviço, quem fiscaliza o descarte dos resíduos que vão para o aterro por exemplo.
Cinco dias para responder
Ele disse que a empresa tem cinco dias para responder e que os parlamentares vão analisar os documentos que forem chegando até a próxima terça. O parlamentar observou que o volume de solicitações foi calculado para não pesar e assim a empresa ter condições de atender os prazos concedidos.
Somente após a análise das primeiras documentações a CEI vai convidar ou convocar oitivas. “Vamos convocar os que diretamente estão sendo citados nos documentos”, detalhou. Esses documentos, inclusive, terão de ser em formato digital, para facilitar a transparência sobre o que a comissão estiver avaliando.
Acesso ao público
“Todos os participantes da CEI, os demais vereadores, a imprensa e o público terão acesso a todos os documentos que forem solicitados e entregues”, afirmou ele. Lemos disse que entre os dados solicitados também vão constar evolução patrimonial, composição societária, fluxo de caixa, entre outros.
Sobre os documentos também o relator, William Veloso, destacou que a prioridade é “ter robustez técnica” para depois a CEI fazer convites e agendar visitas in loco. “Existem muitas coisas que queremos saber. [A prestação do serviço] parece ser muito aleatória, muito superficial, por isso queremos mapas para ver o atendimento das regiões”, explicou.
Leia mais sobre: Câmara Municipal / CEI da Limpa Gyn / Goiânia / Política

