Dezenove vereadores de Goiânia pedem a criação de uma Comissão Especial de Investigação (CEI), que já foi apresentada e cumpriu os requisitos regimentais, para apurar possíveis irregularidades na Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT).
A partir da publicação da CEI da SMT no Diário Oficial, o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Andrey Azeredo, fornecerá prazo de 48 horas para que as bancadas indiquem representantes para integrar a Comissão.
O objetivo da CEI é investigar contratos firmados entre a SMT, principalmente da Trana, empresa responsável pela instalação e monitoramento de fotossensores na capital. “É preciso investigar esses contratos a fundo e saber porque o município optou por essa opção, mais cara, quem lucrou com isso”, ressalta o vereador Elias Vaz, que apresentou o pedido de CEI.
Além disso, os vereadores questionam a prestação de contas da SMT, que arrecadou R$ 56 milhões em multa em 2016, mas comprovou gastos e apenas R$ 44 milhões dentro da previsão legal. “Em 2015, o Ministério Público identificou que o dinheiro não foi totalmente aplicado pela SMT segundo a lei. Há indícios de que os problema continuou acontecendo”, reforça Elias Vaz.
Lista dos vereadores que assinaram o requerimento da CEI:
- Elias Vaz (PSB)
- Alysson Lima (PRB)
- Anderson Sales Bokão (PSDC)
- Cabo Senna (PRP)
- Carlin Café (PPS)
- Eduardo do Prado (PV)
- Dra Cristina (PSDB)
- Emilson Pereira (PTN)
- GCM Romario Policarpo
- Gustavo Cruvinel (PV)
- Jair Diamantino (PSDC)
- Jorge Kajuru (PRP)
- Kleybe Morais (PSDC)
- Milton Mercêz (PRP)
- Oséias Varão (PSB)
- Priscilla Tejota (PSD)
- Rogério Cruz (PRB)
- Sargento Novandir (PTN)
- Tatiana Lemos (PCdoB)
Questionado sobre o assunto nesta terça-feira (14), o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), afirmou que a Comissão será recebida com respeito e que a sociedade não aceita mais corrupção.
“Acho que tudo que for no sentido de apurar possíveis irregularidades, nós devemos receber com respeito, porque a sociedade não pode permitir jamais benefícios pessoais. Hoje não é mais aceitável, principalmente depois do que se viu no cenário nacional”, informou.
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